Há imenso tempo que não escrevia aqui nada. Hoje, tem de ser hoje, vou fazê-lo. Na verdade, é a pressão de abrir o bolg e ver a cara do Rui Santos que me move mais do que tudo. Não é que não ande a escrever por preguiça. É mesmo porque as ideias não me andam muito claras. Parece que me sinto "mais bem", melhor do que estava, a melhorar sem ter estado propriamente doente. E isto faz com que não tenha nada de muito concreto para dizer. O que, se não for estranho, é pelo menos um tanto desolador.
Ando a frequentar umas sessões de terapia de grupo. Acho que isto é uma notícia porque não é habitual as pessoas andarem as fazer estas coisas. No mais, aquilo já me deixou muito bem disposta. Ou seja, afinal não sou só eu que ando por aí com amarguras, anseios e tristezas. Praticamente acabei de descobrir que toda a gente tem problemas. A base cientifica desta descoberta é praticamente inaceitável. Sessões de terapia de grupo. Eu sei. De qualquer modo, gosto de pensar que aquelas pessoas que lá vão são uma amostra representativa de toda a gente. E é isto que me põe bem disposta.
Também descobri umas coisas novas sobre mim: não gosto de dar parte de fraca em nada; não ando numa procura desesperada da grande relação da minha vida e que os meus problemas são apenas uma outra forma de ser dos problemas dos outros. No entanto, é justo dizer que me parece que estou a viver a relação amorosa da minha vida, sendo esta a razão pela qual não ando à procura dela. Lucky me!
Também adoptei uma nova postura na vida: acho que já não me apeteçe estar sempre a fazer troça das pessoas. Sem pretender perder o sentido de humor, que, parece-me, é uma qualidade fundamental de qualquer ser humano, já não quero ser tão critica em relação aos outros. É que isto de dizer mal das pessoas tem um reverso muito desagradável: faz-nos sentir um bocadinho hipócritas nas relações do dia-a-dia. É chato. Pelo menos para mim, que sou uma pessoa honesta. Bem, mas vamos lá esclarecer isto. Nunca fui do tipo intriguista e bisbilhoteiro. Não é isso. Apenas tinha a mania de reparar logo nos pontos fracos alheios. E rir. Depois, até era capaz de rir na cara das vitimas e dizer as coisas. Outras vezes não tinha oportunidade. Mas, para o que importa, essa postura colocava-me numa posição um tanto distanciada e influenciava negativamente a minha relação normal com as pessoas. É chato. Não faço mais isso. Prometo!