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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

COM TODA A FRANQUEZA E HONESTIDADE


Tita

09.02.13


Não percebo aquelas pessoas que dizem “digo-lhe com toda a franqueza” e “honestamente lhe digo”. Não sei. Parece assim à primeira vista que são mais francas e honestas do que o resto do mundo. E  dá também a ideia que estão a dizer aos outros “eu sei que não é habitual jogar-se este jogo mas comigo é assim. Franqueza e honestidade”. Uma agressão, portanto, e por um lado. E uma mentira óbvia,  por outro.  


COOL


Tita

09.02.13

 

Deixei de ser cool. Desde que a minha mãe morreu. Já não me acho. Grande coisa. O senso da mortalidade atigiu-me mesmo no meio. No core. E no coeur. 

NADA DE NOVO


Tita

09.02.13

 



No outro dia contava à minha terapeuta que nao gosto de revelar os meus afetos a ninguém. Os afetos que sinto pelas pessoas por quem tenho afeto a sério. Por exemplo se o meu pai me telefonar para o emprego eu trato-o friamente. Não gosto que se perceba exatamente o que eu gosto do meu pai. E com o amor é igual. Trato o meu amor com distanciamento se me fala para sítios fora de casa. Claro que com estas coisas acabo por confundir toda a gente. Menos a mim. E isso é que importa.

 

Pois aqui o que importa é manter segredo. Porque é fundamental alimentar o personagem.  Em cada contexto eu sou um personagem. Não uma pessoa diferente de mim. Mas alguém que se dá apenas por partes. Verdadeiras. Mas por partes. Em casa sou como sou por inteiro. E é por isso que é fundamental estar em casa.


Enfim, continuo sem conseguir dar novidades a ninguém. E é por isso que este meu personagem aqui do blog anda tão calado. 



EMPATIA


Tita

02.02.13


Empatia é a disponibilidade para alcançar a dimensão dos outros. Significa estar disponível para perceber o outro. Já não sei onde é que li que isto nos faz muito bem e contribui muito para a nossa felicidade. No entanto, não tenho dúvidas de que sofro de défice de empatia. Por isso não aguentei mais de duas sessões de uma terapia de grupo que me foi sugerida mas que não era para mim.


Estava lá um Joaquim com quem consegui estabelecer logo uma relação de grande antipatia. O tipo estava sempre a lamentar-se porque nada na vida era como ele queria. Estava desempregado porque não aceitava qualquer emprego, rejeitando propostas, e não tinha namorada porque só aceitava mulheres do tipo Adriana Lima para cima. E claro, nunca tinha coragem de falar com elas. Depois ia para ali lamentar-se.


Pois eu disse logo ao médico que aquele Joaquim me irritava porque me parecia ser um “merdas”. E se ele julgava que eu ia agora partilhar as minhas fragilidades com um “merdas”, enganava-se. E pronto. Lá se acabaram as sessões de terapia de grupo para mim. Contudo,o médico disse-me que o Joaquim estava a sofrer. Tentei então ser empática à distância mas como se depreende deste texto, não resultou.


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