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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

"Como é que eu me fui meter naquilo?"


Tita

26.04.13

 

Gostaria de escrever uma coisa sobre paixões do passado. Sobre como é bom não guardar mágoas delas. Não pensar “mas como é que eu me fui meter naquilo?”. Mas estou a emperrar. A princípio pensei que não conseguia porque estou assim. Devagar e titubeante. Nos pensamentos. Na organização das emoções. Mas agora vejo que talvez não seja isso. Eventualmente, não estou convencida a pensar corretamente. Sim. Ainda acredito na frase atrás dita. "Mas como é que eu me fui meter naquilo?". E isto não é bom. Para mim. Como é evidente.

 

LIMONADA


Tita

15.04.13

 

 

Realmente as coisas que achamos dependem dos dias em que achamos as coisas. Disse eu que detesto fazer conversa. Mas hoje dei por mim a forçar a nota e a querer prolongar uma conversa sobre limões e os benefícios que ingeri-los pode trazer à saúde. Tirando o resto, não posso dizer que não me interessou a ideia de uma limonada. Há que tempos que não bebo uma limonada, caraças! No entanto, a questão tem a ver com a questão de querer ficar a falar sobre isso muito para além da ideia. Pois hoje convinha-me fazer passar um bocado o tempo. Assim, qualquer conversa à sombra de um limoeiro me servia bem e pouco me incomodava. Portanto, fazer conversa, ou essencialmente fazer passar o tempo, pode ser, senão útil, pelo menos muito conveniente.

 

FAZER CONVERSA


Tita

12.04.13

 

 

Tenho imensas dificuldades em fazer conversa. Porque, em princípio, não sei o que dizer. O que na verdade me apetece é estar calada a observar. Era bom que me deixassem observar. Mas não. As pessoas não gostam de ser observadas. E talvez também não tenham vontade de observar. Por isso falam e falam. Quase sempre sobre coisas desinteressantes. O que acentua o meu esforço. E define o nível de interesse que cada um tem pelos outros.

 

Dantes eu sofria do terror dos silêncios nestas circunstâncias. Por isso enchia-me de uma espécie de energia de reserva para falar e falar. Era capaz de agendar na minha cabeça um número razoável de assuntos para “puxar” de acordo com o tempo que a coisa deveria durar. E assim, na maior parte do tempo, quem falava era eu. Chegava a ser chata. E saia esgotada.

 

Agora não quero saber. Mantenho os assuntos enquanto os assuntos me mantêm a imaginação a funcionar. Ainda que em esforço. Na mesma. Mas depois até me posso calar e deixar emergir um silêncio. Paciência. Não sou só eu a ficar afetada. Noto que assim, no entanto, as pessoas me dão muito menos atenção.

 

BOA TARDE


Tita

11.04.13

 

Finalmente uma tarde de sol seguro. Nestas circunstâncias, o ânimo levanta e parece que tudo parece melhor. Há quem não se deixe afetar muito. Mas para mim aqueles intermináveis dias de chuva cinzenta e opaca foram uma agonia vivida a preto e branco.

 

Estou para aqui a escrever em hora de trabalho. É só um bocadinho. Aproveitar uma pausa depois da conclusão de uma tarefa bem feita. Sem pausas não é possível trabalhar com rendimento. E por falar em rendimento, seria interessante saber o quanto antes sobre as medidas que aí vêm depois do chumbo do Tribunal Constitucional. Só para sabermos com o que podemos contar. Ou como é que vamos passar a contar o dinheiro. Para já, não é possível fazer despesas no âmbito dos ministérios por conta de um despacho de Vitor Gaspar. Agora a Direção Geral Orçamento está entupido de pedidos feitos pelas diversas entidades. No mais, parece que está tudo aflito.

 

Eu por mim quero ver o jogo do Benfica hoje. Estou com aquela confiança. Mas mesmo que não estivesse e o Newcastle fosse um colosso do futebol à escala mundial, eu queria ver na mesma. Quero sempre ver o Benfica. Sei que é pobre mas o que me tem entretido ultimamente é o futebol encarnado e a novela brasileira do fim da noite na SIC. De resto, trabalho e vivo um tanto insegura.

 

A minha terapeuta diz que não há muito a fazer quando se perde um terapeuta de 10 anos e a mãe de toda a vida com poucos meses de distância. É verdade. Dá uma sensação de perda das duas asas. Embora eu, por acaso, sinta que perdi as duas pernas. Perdi ou magoei seriamente. Tanto que, quando ando, sinto alguns tremeliques. E isto é verdade.

 

Antes, talvez esteja com a tensão demasiado baixa, por outro lado. Ou alta. O que espero não seja muito provável. A verdade é que estou sempre um bocado cansada. E negativa. Quase catastrófica. Tudo vai correr mal. E depois o que vai correr mal corre bem ou muito bem. Não vou conseguir fazer isto ou aquilo. Por causa da tensão baixa e dos tremeliques nas pernas. E depois consigo fazer tudo o que é suposto. E bem. Devia achar-me uma grande coisa à conta destes feitos. Porém, a verdade não é essa. A verdade é o que eu disse. Tenho tremeliques e por vezes insónias à espera do pior que há-de vir.

 

Seja como for, espero não inspirar aquele tipo de sentimentos que se tem sempre pelos pobrezinhos e desvalidos. Pena e compreensão. Eu não mereço tanto. Porque sou pessoa com muito bom humor.

 

 

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