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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

NO FIM DE UMA RELAÇÃO AMOROSA


Tita

30.06.17

 

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No fim de uma relação amorosa que vivi fiz a seguinte declaração escrita:

"... declarei recentemente ... que estou como um Estado em reconstrução depois da guerra da independência. Recuperação do património cultural, reconstrução dos edifícios económicos e sociais, reorganização das forças armadas, estabilização das fronteiras, e tudo o mais que é suposto fazer em semelhantes circunstâncias. Estou cheia de um um sentido patriotico de mim mesma que me foca num determinado rumo que é um desígnio universal do meu próprio espírito. Já institui a necessidade de visto de entrada. E, em quaisquer circunstâncias, não são concedidos vistos indefinidos. Há um tempo de permanência. Um tempo que pode ser prolongado, de acordo com a minha decisão unilateral tomada casuisticamente. Hoje, estou um pouco como a Sérvia. Em breve estarei como a Alemanha. Quando chegar ao momento "em breve", irei rever as minhas posições quanto aos limites temporais para a estadia de "estrangeiros" e poderei considerar alianças estratégicas com os "parceiros internacionais" que me pareçam interessantes do ponto de vista do mérito".

 

Mais informo que, volvido 1 ano, já estava como a Alemanha.

 

ATO DE CONFISSÃO


Tita

29.06.17

 
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Ainda ontem fiz um disparate pegado. Distração misturada com egoísmo, alguma infantilidade e umas pitadas de falta de confiança típica das crianças. Agora há quem esteja chateado comigo.

 

Mas já estive aqui a confessar. Com efeito, escrevi tudo o que se passou, fiz uma reflexão e depois apaguei o texto. Só porque este já tinha cumprido a sua função e, além disso, porque não tenho necessidade nenhuma de audiência para estes casos assim.

 

Para o que importa, enquanto escrevia, ia refletindo nas questões que envolvem a situação. Com a reflexão, veio o esclarecimento. Com os esclarecimentos, surgiu a contrição. E com a contrição veio a aceitação de que as consequências negativas que para mim possam advir são merecidas.

 

Portanto, processo fechado.

 

TIA IRENE


Tita

28.06.17

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É fácil deixar a marca do açúcar queimado numa travessa de leite-creme. Vi muitas vezes a minha tia Irene fazer isso com um ferro que aquecia previamente na lareira. Tinha os olhos azuis-claros da cor do céu. Quase transparentes. E como tinha um pedaço de sol dentro de si, havia um brilho próprio que lhe iluminava o rosto permanentemente. É por isso que eu sentia que lá fora todos os dias eram quentes e cheios de luz natural. E aquela enorme cozinha de móveis rústicos de madeira escura era sentidamente ainda mais ampla e respirável.

 

Esforcei-me sempre para não perder aquilo que se transformou no meu ritual de prazer infantil. Ver a tia Irene queimar o açúcar do leite-creme. Mais ninguém podia fazer aquilo. Porque não conhecia outra pessoa que tivesse assim um pedaço de sol lá dentro. Só ela podia usar um ferro em brasa para criar um efeito de caramelo e um sabor a sol doce.

 

A tia Irene já morreu há algum tempo. Assim, não como leite-creme. Creio que este doce deveria sair da lista de sobremesas dos restaurantes onde eu vá.

 

FOR PLAY


Tita

27.06.17

 

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Estou para aqui a tentar escrever qualquer coisa. E já apaguei uma dezena de vezes. Parece que estou sem capacidade para desenvolver os assuntos. Pode ser do tempo. Ou pode ser porque não tenho muito tempo para estar aqui a empreender. Horário de trabalho. Que, no entanto, não é o decisivo. O que conta é horário para fazer o trabalho que está por fazer. Sim porque nunca levo trabalho para casa. Mas se me enfastiam os assuntos a tratar. O que fazer? Procrastinar. Só um bocadinho. É necessário. Porque depois é o embrenhamento total. Além de que enquanto faço este compasso de espera vou pensado em qual será a melhor forma de resolver os assuntos. No fundo, não procrastino a sério. Na verdade, só tomo tempo para me preparar. Senão demoro mais tempo no ato. Gosto de fazer as coisas depressa quando as estou a fazer. Sou impaciente. No entanto, depressa mas bem. É por isso, reforço, que preciso do referido for play.

COISAS QUE ABORRECEM


Tita

26.06.17

 

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Não sei se é do tempo mas sinto-me especialmente entediada. Estou em plena jornada de trabalho. Pois então. Matérias chatas. Portanto, não é só do tempo, conclui-se. É por isso que neste momento escrevo. Só um bocadinho.

 

Uma vez fiz uns testes psicotécnicos. Uma das provas consistia em escrever um texto de já não sei quantas palavras sobre qualquer assunto à escolha. Escolhi escrever sobre o que me estava a acontecer naquele momento. Escrever um texto. É o que se está a passar agora (embora não esteja a ser testada). Por isso me lembrei.

 

Agora estou a lembrar-me também de que, há muitos anos, tive uma psicóloga que durou poucos meses (como minha psicóloga, está claro). A minha grande questão com ela era a tentação. Naquela altura, eu estava tentada a ir para a cama com uma determinada pessoa. Mas não devia porque tinha uma relação com outra. Eu. Eu tinha uma relação com uma pessoa de quem gostava a sério. Mas acabei por ceder à tentação. O que me trouxe consequências muito desagradáveis.

 

Enfim, mas o que me está a acontecer neste preciso instante é, além do tédio, sono. Quem me dera estar esticada no sofá com a televisão a fazer barulho de fundo e o cão aos pés. Isso é que era.

 

Olha-se para o que atrás está escrito e pode pensar-se que não fiz nada hoje. Mas não é verdade, fartei-me de trabalhar. Cheia de tédio e de sono, trabalhei rapidíssimo e em série. Uma pessoa tem pressa em se livrar das coisas que aborrecem.

 

ALVO EM MOVIMENTO


Tita

25.06.17

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Cá estou de novo. No que diz respeito a isto, ando bastante produtiva. Um texto quase todos os dias. E aos fins de semana. Não era costume vir para aqui escrever aos fins de semana. Porque nem pegava no computador. Agora ando a acordar cede nestes dias. Por isso, enquanto o resto do pessoal dorme, e não havendo nada de melhor para fazer, escrevo.

 

Mas hoje dormi muito bem. E tive um sonho. Estava no Rio de Janeiro num bar de benfiquistas como eu sou. De súbito, um cara começa aos tiros lá de fora para dentro do bar. Baixámo-nos todos. Fartou-se de disparar. Mas ninguém morreu. Creio que este sonho tem a ver com a rábula dos emails e dos SMS. Dito isto, passemos à frente porque não me apetece estar para aqui a falar de futebol no que diz respeito a qualquer assunto que lhe seja paralelo. Eu só gosto do jogo. Ponto final. Agora vou fazer parágrafo para, então, mudar radicalmente de assunto.

 

Atualmente tenho um pequeno cão (e uma cadelinha também). Antes, tive outro cão igual ao que tenho atualmente. Baixo como um smurf. Também obsessivo e nada inteligente. Certa vez, apaixonou-se por uma cadela loura e grande. Andou um dia inteiro atrás dela. A cadela, muito paciente, ignorava-o olimpicamente. Até que, volvidas algumas horas, exausta, abocanhou-o e sacudiu-o como faria a um coelho. Ficou bastante maltratado o meu cãozinho. Mas não pude deixar de dar razão à cadela. Que, ainda por cima, tinha um namorado da altura dela.

 

Na verdade, não compreendo pessoas que andam atrás de outras. Quando se tem de andar atrás significa que o alvo está em movimento contrário ao nosso, embora não esteja certa que esta seja uma boa figura de estilo (imagem).

 

Outra estória. Certo dia, foi lá parar a casa um tipo cheio de maneirismos irritantes explicar como era bom e bonito e que, além disso, amava outro que, por sua vez, o amava a ele. Sucede que não estavam juntos, pelo que eu perguntei porque não estavam juntos. Segundo a resposta que obtive, o outro era “muito complicado”. Fiquei a pensar que, aos olhos das pessoas que se comportam como o meu cão, os outros se tornam bastante “complicados” quando não estão interessados. E disse-lhe: “O fulano não está interessado em si porque, de outro modo estaria consigo”. Claro que houve uma reação violenta a esta minha declaração. O que não me deixou indiferente. Pelo contrário, tive uma incontrolável vontade de rir. Mas não ri, claro.

 

É assim, as coisas são simples. As pessoas não são cobardes ou confusas. As pessoas simplesmente não estão interessadas. Ponto final. E parágrafo para fim de texto.

 

HOJE ACORDEI A UM QUARTO PARA AS SETE


Tita

24.06.17

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Hoje não dormi nada. Ou melhor, dormi ao serão e depois foi um problema. A questão é que mesmo não tendo dormido, acordei a um quarto para a sete. Como não achei nada de melhor para fazer, decidi jogar no computador. Perdi os jogos todos. É que estava a pensar e diversos assuntos. Maioritariamente coisas de trabalho. Como fazer isto. Resolver aquilo. Projetar algumas coisas. Etc.. Gosto de pensar em trabalho quando é de trabalho mesmo que se trata. De coisas produtivas, quero dizer.

 

Agora, como se verifica, estou aqui a escrever. A ver se me sai alguma coisa inspirada. O que não tem sucedido ultimamente. Na sequência do post anterior, fiquei com a ideia de que passei a ideia de que me acho muito gira e que faço um grande favor às pessoas baixinhas e gordinhas em apaixonar-me por elas. Pessoas a quem chamei, respetivamente, smurfs e bolas de Berlim só para ser ilustrativa. Uma falta de respeito, noto. O que eu queria realmente dizer é que gosto de pessoas bonitas que podem ser gordinhas ou baixinhas ou as duas coisas ou não ser nada disso. Com efeito, a beleza é um conceito subjetivíssimo, reafirmo.

 

Olho para o que escrevo e parece-me que está pior a emenda que o soneto. Talvez deva calar-me com este assunto do desejo e da estética. E ficar na minha. Porque a minha é decente. Só não consigo explicar-me bem.

 

No outro dia fui à praia e levei protetor 50, como informei. Agora continuo branca como a neve e estou sem poder vestir os vestidos que queria. A chatice é que vou ter um jantar. Ia levar o vestido que não compromete ninguém – o preto – mas é muito curto. Não estou com pernas para isso. Apenas por causa da respetiva cor, creio eu.

 

Estou sem saber o que fazer neste sábado. Porque há futebol às quatro. De manhã já estou cansada. Porque não dormi bem, recordo. E à tarde, depois do jogo, já serão seis horas… Não, não me apetece ir ao cinema. O meu problema com o cinema é que não posso parar o filme para ir comer e beber ou não parar o filme e fumar cigarros. Depois, também não me apetece partilhar emoções com uma plateia. Efetivamente, gosto de ver cinema em casa. Sozinha ou em boa companhia de uma só pessoa. Já o teatro é diferente. Há uma comunhão entre os atores e o público que faz parte do espetáculo. O público, muito publico, é indispensável, portanto. Assistir a uma peça de teatro é efetivamente uma emoção partilhada por todos os que lá estão, pelo que me esqueço de fumar ou de querer beber ou de querer comer. Seja como for, talvez não vá ao teatro hoje.  

 

Hoje talvez aproveite o que restará da tarde para namorar intensamente.

A LEI DO DESEJO


Tita

22.06.17

 

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Creio que o desejo consiste na vontade de fazer amor com uma determinada pessoa, a qual é precisamente o seu objeto.

 

Quando tinha dezoito anos era bastante bonita para a idade. O que me enchia de orgulho. E de soberba também. Deste modo, só me interessava por pessoas igualmente bonitas, desprezando as outras. No meu entendimento, a beleza era suficiente para tudo e a falta dela motivava-me para nada, como se aprendeu nos livros de estórias de príncipes e de princesas.

 

Nesta conformidade, apaixonei-me por uma beleza extraordinária. E encetámos uma relação. Naturalmente, fazíamos amor imensas vezes (ao dia e à noite). E fizemos pelo tempo em que o desejo durou. E foi, pois, assim que descobri que o desejo tem prazo de duração. E que, quanto mais se consome o seu objeto, mais depressa ele se esgota.

 

E, de facto, sucedeu que me sucedeu esgotar-me primeiro. Ou seja, a minha beleza deixou de fazer efeito mais depressa. Enquanto eu ainda fiquei (não literalmente) agarrada à coisa por mais algum tempo. Pelo tempo de ser substituída, no caso, por uma hipotética bruxa feia (e por isso inevitavelmente má, pensa-se).

 

Não obstante, mais tarde, e porque apareceu o Shrek, estive terrivelmente atraída (estar terrivelmente atraído significa ter vontade de fazer amor muitas vezes) por uma pessoa que, ao que constava, não era objetivamente desejável. Até me disseram que parecia uma cobra.

 

Portanto, no meu caso (embora me pareça que também em muitos mais casos), na atualidade, as pessoas só são desejáveis subjetivamente. Concretizando, para além da cobra, já senti muita vontade de fazer amor com pessoas que terceiros podem designar por smurfs (por serem baixas) e bolas de Berlim (por serem quase redondas).

 

DAQUI A NADA VOU PARA A PRAIA


Tita

20.06.17

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Hoje vou para a praia. Saio daqui e vou para a praia. Saio com tempo de ainda aproveitar. Dizem-me que tenho bom ar. Ainda que isso possa ser verdade, considero-me demasiado branca. Logo, parece-me que pareço um bocadinho doente por causa do contraste da minha pele com as cores do verão. Laranjas, amarelos, brancos, e assim. Já por causa disso é que ainda não me atrevi a usar certas roupas que tenho lá no armário, mantendo-me nos azuis, verdes e nos pretos (embora de verão, com certeza).

 

Portanto, vou para a praia com a intenção de adquirir boas cores. No fundo, para combinar com o verão. Porque, na realidade, de praia não gosto muito. Quero dizer, o excesso de calor, a areia sempre a colar-se e a água fria. Não gosto destas coisas. Mas vou. Que é por causa da saúde, como expliquei. Ficar com ar saudável, como disse. Integrar-me no verão, como referi.

 

Por outro lado, e seja como for, passear descalça a ouvir o barulho das ondas na fase de rebentação agrada-me imenso. Portanto, quando disse que não gosto muito de praia, na verdade, não disse bem a verdade.

 

Acresce, por outro lado, que a sensação de largar o trabalho (e largar a roupa) para ir para ao pé do mar is something. Veja-se que, por exemplo, a pressão cai dos ombros aos pés em apenas alguns minutos.

 

Posto o que antecede, porque parece que sou inconsciente e não conheço os malefícios do sol, tenho de acrescentar que levo protetor 50.

 

Finalmente, lendo o que acabo de escrever, porque não penso muito enquanto escrevo (e, portanto, preciso de ler no fim), verifico que escrevi um punhado de infantilidades. “Os meninos vão fazer uma redação sobre a praia”, dizia a professora primária. Foi o que fiz. Uma redação sobre a praia. Só faltava falar das conchas, dos castelos na areia, dos amigos para brincar e etc, como gelados.

 

ARREPENDIMENTO


Tita

19.06.17

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Andei a semana (passada) toda com o olho esquerdo inchado. Foi uma coisa que me apareceu. Desagradável. Por isso não fui aos “Santos”. Nem a outros sítios onde tradicionalmente vou uma vez por ano por esta altura. Não vou dizer quais porque não vem aqui ao caso. Neste aspeto, opto por “ficar no armário”.

 

Agora quero falar de arrependimento. Porque tenho andado a pensar no assunto. Sobre coisas determinadas que não fiz. Há coisas que efetivamente não vivi e que merecia ter vivido. Coisas que devia também ter dado a viver a pessoas certas, e não o fiz.

 

Pergunto-me porque o terei feito. O não ter feito. Tento recordar os processos na minha cabeça. Penso que a resposta está na incapacidade de pensar simples.

 

Pensar simples é muito difícil. Porque é necessário ter uma assinalável preparação moral e emocional para saber hierarquizar os princípios que regem as condutas.

 

Creio que o princípio da justiça é dos que têm maior valor imanente. Nunca nos devíamos esquecer dele: dar a cada um o que é seu. Isto é ser justo. Eu não fui justa em tempos. Sobretudo comigo. Portanto, autocastrei-me. E “lixei” outras pessoas no processo.

 

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