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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

A PROPÓSITO DA ANSIEDADE


Tita

29.01.22

 

Diferenças entre ansiedade patológica e adaptativa - MundoPsicologos.com

 

 

Bem, desde a última vez que aqui estive, e até agora, passaram-se coisas na minha vida. Delicadas. E difíceis de explicar. Não. Na verdade, muito fáceis de expor. Do ponto de vista da exposição estrita. Porém, não do conteúdo. Ou melhor, das suas causas. Pois.

Sucede que não posso contar as causas das coisas que me sucederam. Para ser sincera, por medo de não ser bem interpretada. Ou, até, de gerar alguma desconfiança nas pessoas. Há coisas que só nós é que sabemos ao que sabem.

Apenas dizer que alguém totalmente desprovido de honra, honestidade, vergonha e senso de solidariedade me prejudicou seriamente. Algo inesperado. Ao que acresce que, por princípio, por ser do género que confia, eu confiava nesta pessoa.

Assim, houve dias em que a ansiedade era tanta, que tive a impressão de que poderia explodir. A cabeça ou coisa assim. Quando uma pessoa está nestes termos, com a ansiedade nos limites, embora saiba porquê, começa a pôr tudo em causa. Sobretudo, é apanhada num processo esquisito de dúvida e, até, de culpabilização, colocando quase tudo em causa. A vida toda. Ainda que tenha um conhecimento razoável de si e bem saiba que não tem culpa de nada. Creio que a química se altera. Não sei bem. Sei que a dor chega mesmo a ser física e que os pensamentos ficam um bocado obscuros. E, momentaneamente, uma pessoa não sabe bem por onde começar a resolver este estado de coisas.

Comecei por tomar um ansiolítico. Xanax. E carreguei. Sem hipótese. Considerei. E andei assim uns dias. Mas o facto é que o comprimido não resolve nada. Temos que perceber como parar o processo. Decidi medir as minhas emoções e também lhes tomar o peso. Para dizer a verdade, senti-me impelida a fazer uma espécie de balanço da minha vida. O que queria e o que não queria, bem como o que devia mudar na minha atitude e também nas ações.

Conclui, graças a Deus, que não tinha assim tanto para mudar. Só, talvez, tornar-me um bocadinho mais simples e kind. Vale sempre a pena dar valor ao que se tem, sobretudo a quem temos connosco, e viver as coisas da forma mais direta e imediata possível. No fundo, trata-se saber aproveitar. Ou reaprender a saber como sabíamos quando éramos crianças.

Não tenho outras soluções para apresentar, nem conheço métodos mais eficazes que possa partilhar. Comigo funcionou. Por isso, cá estou eu de novo: Alive and kicking.   

No mais, estou a ver aquela série absolutamente extraordinária da Netfilx, criada pelo fabuloso Ricky Gervais: After Life.   

 

UMA CRISE DE ANSIEDADE


Tita

28.11.18

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Há uns dias atravessei uma crise de ansiedade, cuja causa conheço e percebo, embora não a aceite. O que quero dizer com isto do não aceito é que entendo que, quanto mais graves são os contornos das coisas que nos sucedem na vida, mais em forma temos que estar para as enfrentar. Assim, não vale a pena “amarelar”, como se diz no Brasil.

 

O problema é que, tendo sofrido a crise, a ansiedade, embora sem atingir o nível que atingiu, mantém-se. Na verdade, nestes processo, é como se fossem impressas feridas abertas nas nossas emoções. Ora, as feridas abertas demoram o seu tempo a fechar. E a coisa não passa enquanto o tempo não passar.

 

ANSIEDADE


Tita

27.04.16

 Uma pessoa está cansada. Mas não é do trabalho. Hoje fartei-me de fazer coisas. E sinto-me ótima depois disso. Estou é emocionalmente cansada. Não sei se já disse que sofro de ansiedade crónica. Pois é. Pois sofro. Por isso, de vez em quando, lá vão uns Xanax.

 

Suspendi a atividade física por um mês. Porque tive coisas para fazer. Quer dizer, deixei o ginásio por um mês. Sem dúvida que isso não foi bom. Retomo na próxima quarta-feira.

 

Estou cansada por causa das expetativas. Dos projetos que construo e das expetativas que os mesmos trazem coladas a si. De qualquer maneira, não sou capaz de viver sem construir projetos. Tenho que ter sempre novas vias de coisas para fazer. É claro que isto dói sobre a ansiedade.

 

Dei o título a este post. “Ansiedade”. Agora parece que estou submetida ao tema. Na minha opinião, nunca se deve dar o título primeiro. É uma prisão. Além do mais, não sei se sou capaz de escrever com propriedade sobre a ansiedade. A não ser que estou a escrever a mil por hora. De acordo com o que me vem à cabeça. E o combustível é a ansiedade.

 

Noto que, enquanto escrevo, ela vai descendo um bocadinho. Mas não me abandonará. O melhor é que sei viver com ela. Há muito tempo que é assim. Em doses controladas, é até uma boa amiga que tenho. Atualmente vivo-a em doses controladas.

 

O pior é que tenho que deixar de fumar. E isto é mesmo a sério. O médico da garganta é que disse. “Se não há nada de mal agora, vai haver mais tarde. É uma estupidez continuar a fumar”. Eu obedecerei. Só não pude ainda por causa do stress. Dos projetos, portanto. Da ansiedade, portanto. Estou quase a saber se um projeto se conclui. Daqui a quinze dias já sei. Já sei se o stress acaba ou se virá mais. Na verdade, não posso deixar de fumar até esta onda de stress passar.

 

Claro que isto, até para mim, soa a desculpa. Se uma pessoa quer deixar de fumar, deixa. Não é? Não, não é. Nada disto para mim soa a desculpa. Eu sou ansiosa crónica. Não posso deixar de fumar quando quiser. Posso ir deixando. Até me desabituar. Fazendo um esforço. É o que farei. Até que haja um dia em que passe o dia em que eu só fumei um cigarro. E depois mais dias assim. Até me desinteressar por completo. É assim que eu vou deixar de fumar. E vou conseguir.

 

Sei estas coisas que disse porque já fui obrigada a largar vícios. E bem piores. Consegui.

 

De resto, a ansiedade mantém-se. Estou para aqui a terminar de escrever e ela magoa-me só mais um bocadinho. Se eu tomasse qualquer coisa de efeitos rápidos para isso, resolvia isso. Ou isto. Mas não tomo. Vivo muito bem assim.

 

P.S. O Xanax é retard.

 

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