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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

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CIÚMES


Tita

07.06.17

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Existe, creio eu, uma certa tendência geral para confundir uma monumental cena de ciúmes com uma poderosa demonstração de amor. A mim as cenas de ciúmes provocam poderosas dores de cabeça e monumentais ataques histéricos. É que o ciúme, só por si, não tem nada a ver com o amor. Desiludam-se os ditos optimistas, os egocêntricos, os chamados crédulos, e todos os demais que, por uma razão ou por outra, gostariam que assim fosse. Só para darem um tiro no próprio pé.

  

O ciúme em si é uma manifestação de um traço particular da personalidade de uma pessoa. O caprichoso. O caprichoso quer o que quer porque quer. E se não lhe dão o que quer, até é capaz de chorar. O caprichoso decide secretamente sobre os actos que as outras pessoas hão-de ter. Espera, não apenas que se actue em conformidade com os seus desejos, mas inclusivamente, que se adivinhe que desejos são esses. O caprichoso apaixonado é pior do que uma abelha confundida. Mete o ferrão em todo o lado porque acha sempre que são tudo flores. Quem gosta disto devia usar pólen em vez de creme hidratante!

 

O CIÚME


Tita

05.04.17

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Queria falar de ciúme através de um poema próprio. O Fado falado, por João Villaret (e por mais ninguém). Eis um excerto:

 

Viu ele acompanhado/Com outra ao lado, de braço dado/Gingão, feliz, levião/Um ar fadista e bizarro/Um cravo atrás da orelha/E preso à boca vermelha/O que resta de um cigarro/Lume e cinza na viela,/Ela vê, que homem aquele/ O lume no peito dela/A cinza no olhar dele/E o ciume chegou como lume/Queimou, o seu peito a sangrar/Foi como vento que veio/Labareda atear, a fogueira aumentar/ Foi a visão infernal/A imagem do mal que no bairro surgiu/Foi o amor que jurou/Que jurou e mentiu/Correm vertigens num grito/Direito ou maldito que há-de perder/Puxa a navalha, canalha/Não há quem te valha/Tu tens de morrer
 

É neste tipo de ciúme que eu acredito.

 

CIÚMES


Tita

01.03.17

 

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“Não tenho nada para te dar” é um texto que escrevi há algum tempo. E, porque me apareceu nas Memórias do Facebook, estive a relê-lo. Fala de amor. Não importa, porém, dizer aqui o que escrevi lá. De outro modo, estaria a repetir-me.

 

Enfim, não era aparentemente necessário este introito para falar do que ora me interessa, que é o ciúme. Só que o texto se referia a uma pessoa ciumenta e por isso lembrei-me.

 

Enfim, ando a empreender silenciosamente no facto de não ter ciúmes. Nunca tive. Aqueles ciúmes que ocorrem recorrentemente no âmbito de uma relação que não está para acabar (por causa de outra pessoa). Não tenho, como disse.

 

De facto, não me entretenho a procurar pistas ou a inventar cenários. Não me preocupa saber que vai sair com as amigas e quantas são. Não quero saber se trabalha no meio de figuras públicas e demais gente conhecida. Não me interessa com quem almoça ou se esteve a conversar longamente com alguém bonito e bem-disposto.

 

Depois, noutro texto (já que agora não tenho tempo), explicarei melhor a razão pela qual me parece que os ciúmes são tiros no próprio pé, bem como é certo que os mesmos não provam nada em relação ao amor do ciumento.

 

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