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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

SEMPRE HÁ VIDA EM MARTE?


Tita

27.09.07

 
 

 
É importante saber isto. Ou, também, se há vida noutro planeta qualquer. E quanto custa o bilhete. Saber da temperatura das águas. Se o alojamento, para além do obrigatório conforto interior (que inclui, evidentemente, televisão, aparelhagem de som, telefone e computador ligado à Internet), tem jardins e piscinas. Se o ar condicionado funciona. A qualidade do SPA. Onde se pode ir beber um copo. E as possibilidades de arranjar sexo (o, até, de arranjar o sexo). E a praia é deserta? Mais importante: saber se as pessoas de lá só falam e actuam no estrito acordo da medida das nossas necessidades pessoais.
  
A busca do paraíso sem homens (homens e mulheres, claro) no sentido clássico do conceito (de homem – e de mulher, claro) parece impor-se. Porém, como é claro, o que queremos é fugir todos uns dos outros. Porque o inferno somos nós. O que é, do ponto de vista pessoal, totalmente inaceitável
Talvez, de alguma forma, assim se justifiquem as práticas nudistas. Uma tentativa de evasão. Porém, está bom de ver (literalmente) que os nudistas nada mais conseguem senão evadir-se das próprias roupas –  até porque nunca se esquecem de levar o jornal ou outro objecto de utilidade análoga, como um par de raquetes de Beach não sei o quê. No fundo, o que eu não compreendo é a razão de ser de estar nu na praia com um chapéu na cabeça.
 
Se não estamos noutro planeta, eu não concebo ficar nua na praia em estado de permanência (durante as horas em que lá esteja, quero dizer). De outro modo, não me vestiria para entrar no carro e voltar para casa. Deveria atravessar a ponte (sim, porque as praias de nudismo situam-se na margem sul do Tejo, como se sabe) e enfrentar nua o tradicional trânsito do”garrafão” 25 de Abril (ex-Salazar) igual à de S. Francisco, Califórnia. Devia, em seguida, sair nua do carro e entrar em casa. Posteriormente, vestir-me-ia para tomar banho. Em seguida despir-me-ia para sair. Poderia ir jantar fora e entrar pela noite de Lisboa (animada, por sinal), por exemplo, sempre nua. Voltando a casa, deveria vestir-me para fazer amor. Ora bem! Vestir-me para fazer amor. Aqui está um exemplo do fenómeno do eterno retorno! Nos velhos tempos, ou nos tempos dos velhos fazia-se amor vestido, afastando alguns tecidos para cima ou para o lado. Seria quase como uma espécie de reedição dos clássicos. Muito culto.

  

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