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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

RUI SANTOS, O INCONTORNÁVEL


Tita

23.09.08

 

 

Há um homem,  semelhante áquilo que cada um entender que ele é semelhante em face da face que ele tem, que faz comentários sobre futebol num programa da SIC Notícias. Sem existir naturalmente qualquer possibilidade de aproximação de peles, creio que desenvolvi um absurdo problema epidérmico com este homem.

 

Não é só porque tem os ombros demasiado estreitos. Embora um homem com ombros demasiado estreitos possa ser, só por isso, incomodativo para quem está a olhar para ele. Os fatos assentam-lhe sempre mal! Grandes demais, é o que parecem. Pareçe que não são dele. É o que pareçe. Mas claro que são dele. Os fatos, as medidas e as proporções. É tudo dele.

 

Mas o pior são os discursos. Ele, um "opinion maker",  discursa. Opina, que é para isso que lhe pagam. Mas, sobretudo, e sempre que pode, discursa, o que acontece vezes demais, na minha opinião. Perde-se literalmente em raciocínios cheios de uma apenas teórica grande capacidade de raciocinar, que cansa infinitamente. Gosta de falar de si próprio, direccionando os pensamentos de quem o tenta ouvir para a sua própria pessoa. Aparentemente, acha-se mais inteligente, culto e imparcial do que alguma vez na vida será capaz de ser, como resulta evidente do que diz. E tudo isto é muito desconfortável para quem está a ver.  

 

Até pode ser que este senhor seja a pessoa mais honesta do mundo (desportivo) e o comentador mais bem informado e isento do universo (da bola), concedo. A verdade é que não pareçe, embora também não pareça exactamente  o oposto. Apenas parece menos do que eventualmente quer parecer. No fundo, no fundo,  o que pareçe mesmo é que os fatos que usa não são dele. Mas obviamente são dele. Seria ridículo andar a vestir roupa emprestada.

 

GAY AMERICAN IDOL


Tita

14.09.08

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Toda a gente sabe que um ídolo americano acaba por se tornar um ídolo mundial. Portanto, um programa televisivo com este nome obriga-nos a estar atentos. Para além disso, eu já gostava (e continuo a gostar, esperando ansiosamente nova edição)  dos "Ídolos". Ou seja, a versão portuguesa da coisa.

 

Neste show televisivo o que realmente me encanta são os "castings". O que demais se lhes segue, acontece dentro da linha normal daquilo que são todos os programas do mesmo género. Assim, pode ser perfeitamente ignorado.

 

Estive, cheia de entusiasmo, a ver as audições do "American Idol" que correram no Texas e na Califórnia. Que maravilha! Foram tantas coisas espantosas que aconteceram, que não tenho tempo nem espaço para estar aqui a reproduzi-las. De qualquer modo, e para o assunto que neste momento me motiva, vale a pena falar de um jovem obviamente gay, visivelmente gordo, com um incompreensível visual hippie, o qual se achava especialmente talentoso e espiritualmente superior aos demais seres humanos que habitam o planeta - o que condiz mais ou menos com a filosofia do "flower power". Este rapaz não cantava nada. O seu objectivo também não era provar o contrário. O que ele queria era mostrar à América, e por consequência ao mundo, que era um extraordinário compositor. Sobretudo, um grande poeta. Assim, decidiu levar ao júri uma música da sua própria autoria. Infelizmente para ele não o deixaram sair do primeiro verso. Este facto causou-lhe visível irritação e, depois, uma mágoa tão profunda que o mergulhou num vale de lágrimas. No entanto, como era essencialmente uma boa pessoa, perdoou, e, tendo-lhe sido concedido pela produção do programa a possibilidade de viver um "great finale",  saiu apoteoticamente numa espantosa exibição de qualquer coisa que se assemelhava a uma corrida pacífica para a liberdade, ou lá o que era aquilo que aconteceu perante as câmaras.

 

Do pouco que foi possível ouvir da composição deste candidato, pude concluir que era tudo péssimo: música e letra. A questão é que ele não acreditava nisto, antes pelo contrário. Ora, é este aspecto que me deixou a pensar (correctamente, ou não) que alguns gays, antes de perceberem que o são, constatam que são pessoas diferentes dos demais, logo que são especiais.  

 

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