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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

MENSAGEM DE ANO NOVO


Tita

31.12.08

 

 

 

Isto (transmitir uma mensagem de Ano Novo) é coisa que os chefes de estado, o Papa e demais líderes espirituais gostam de fazer nesta época. Eu, pelos vistos, também. Noto alguns aparentes tiques megalómanos  nisto? Não . Porque, designadamente não gostava de ser Papa.

 

Tenho para dizer (para começar a minha mensagem de Ano Novo, de cujo final não tenho ideia nenhuma neste momento preciso) que devia ser judicialmente inabilitada, sendo, da data da sentença em diante, assistida por um curador (que não fosse a minha mãe porque ela ainda é pior do que eu).

 

Basicamente, só faço disparates. Destrui o volante do motor do meu jipe (o volante do motor não é o motor. Trata-se de uma peça que os senhores da Rover dizem que é muito sensível nos Range Rover, e que é uma espécie de prato com molas)! Dizem-me que foi por desleixo com a caixa de velocidades. O que eu acho é que uma pessoa compra um jipe para poder ser desleixada à vontade. Eu adorava este jipe. Já não adoro. Estou farta dele! Dos chiliques, das sensibilidades, dar ordenzinhas do computador de bordo. ESTOU FARTA! Estou vencida. Vou vendê-lo (vá miss Lee. Ria-se! Agora já pode). Ou dá-lo. Não sei. VOU-ME LIVRAR DELE!

 

Portanto, a minha primeira manifestação para 2009 foi dirigida a um carro. Mais um facto fundamento para me inabilitarem já.

 

Basicamente, só faço disparates. Elaborei uma a informação sobre os Programas Operacionais de governação do Qren relacionada com incompatibilidades para o exercício de cargos públicos, cujo conteúdo era tão douto e hermético, que obrigava toda a gente a ler o vasto conjunto de diplomas que mencionei, mais as alterações e republicações. Como ninguém se queria afundar em nada disso, tive que reformular a coisa, e só à terceira é que ficou em português corrente. O problema aqui não está nas consequências, que são nulas. Está mesmo nesta minha mania de me vingar. O diploma do Qren, sobretudo, é um saco inacreditável onde eu tive de me meter até ao fundo. Assim, eu queria que todos sofressem mais do que eu. E isto irrita as pessoas, como é evidente. Tenho que parar de ser angelicalmente retorcida. Qualquer dia já não consigo enganar ninguém.

 

Portanto, a minha segunda manifestação para 2009 é dirigida  ao QREN. Outro facto fundamento para me inabilitarem ontem.

 

Basicamente só faço disparates, ando mal com a minha consciência, e nem sei exactamente porquê. Tenho medo de amar e arranjo todas as boas, porque racionais, desculpas para me livrar disso. Quero muitas coisas que verdadeiramente não quero. O medo prende-me os movimentos. Não sei viver em baixo nível de ansiedade. Eu sou infernal. Só um amor imenso me domina a espaços. Tenho-o. Recebo-o. Não estou contente. Não faço cenas de ciúmes. Mas tenho ciúmes das coisas mais insuspeitas. Sou uma caprichosa, afinal.  Eu amo e não sei do que isso se trata. Sou pessimista. Tenho medo que aquele amor imenso não seja verdade. Sou colérica. Não choro e faço chorar. Não choro mas fico abismada dentro dos abismos de silêncio que eu própria crio numa forma que só eu sei criar. Verdadeiramente , não preciso de ninguém. Verdadeiramente, se as pessoas tivessem o instinto de sobrevivência no sitio não precisariam de mim. O que eu quero é que me deixem em paz. Mas se me deixarem, sofro miseravelmente. Porque, na verdade, amo e não sei fazê-lo sempre.

 

Portanto, a minha terceira e última manifestação vai para a paz. A paz é um assunto tão enquadrável numa mensagem de Ano Novo clássica, que vale uma acção de inabilitação transitada em julgado.

 

Para terminar, quero celebrar a expectativa do novo ano especialmente com a minha amiga Ana (Miss Lee). Ainda que à distância. Só porque sei que se trata da única pessoa no mundo que é capaz de saber o sentido e o alcance exactos do que acabo de dizer. Só porque sei que é a amiga que eu mais prezo de entre todos os amigos que tenho. Viva 2009 para nós, querida.

 

O CIÚME


Tita

30.12.08

 

 

 

Existe, creio eu, uma certa tendência geral para confundir uma monumental cena de ciúmes com uma poderosa demonstração de amor. A mim, as cenas de ciúmes provocam-me poderosas dores de cabeça e monumentais ataques histéricos.

 

O ciúme não tem nada a ver com o amor. Desiludam-se os ditos optimistas, os egocêntricos, os chamados crédulos, e todos os demais que, por uma razão ou por outra, gostariam que assim fosse. Só para darem um tiro no próprio pé.

  

O ciúme é uma manifestação de um traço particular da personalidade de uma pessoa: do caprichoso. O caprichoso quer o que quer porque quer. E se não lhe dão o que quer, até é capaz de chorar. O caprichoso decide secretamente sobre os actos que as outras pessoas hão-de ter. Espera, não apenas que se actue em conformidade com os seus desejos, mas inclusivamente, que se adivinhe que desejos são esses. O caprichoso apaixonado é pior do que uma abelha confundida. Mete o ferrão em todo o lado porque acha sempre que são tudo flores. Quem gosta disto devia usar pólen em vez de creme hidratante!

 

O caprichoso apaixonado não está apaixonado porque é caprichoso. Está apaixonado, mas é caprichoso. O que é muito diferente. O apaixonado não tem de ser um caprichoso. E se não for, não é um ciumento. O azar mesmo é estar apaixonado por um caprichoso apaixonado. Porque o que se gasta em anti-histamínicos não tem conta. Por contraponto, o azar do caprichoso apaixonado é mesmo a crise económica actual, que obriga a uma contenção nas despesas.

 

PELE


Tita

28.12.08

 

 

Toda a gente gosta de sapatos de pele. Eu gosto porque são confortáveis e de boa qualidade. E porque posso descalçá-los com uma facilidade análoga. A quê? A calcá-los. As cobras também se livram da própria pele quando têm de trocar. Não é como calçar e descalçar sapatos, mas tem qualquer coisa de parecido. Até porque há sapatos feitos com pele de cobra.

 

Nós também temos pele como as cobras. Mas não trocamos de pele como elas. Não podemos, por força das imposições da natureza. Assim, é boa ideia sentirmo-nos bem na nossa própria pele. Porque ela é uma espécie de indumentária permanente. E muito pior do que isso.

  

No meio de tudo isto sinto-me mal na minha pele. Por nada de especial. Apenas porque penso demais. Sou como uma pedra gigante colocada no meio do leito de um riacho. O que é um contra-senso porque as pedras nem sequer pensam. E a água não pode fluir. Portanto, desconfio da minha pele. O que é injusto porque tenho uma pele muito boa e que, ainda por cima, cheira naturalmente bem. A questão é que as pedras não pensam, repito, mas chateiam que se fartam. Quando são suficientemente grandes para impedir o natural curso das águas. Sou burra como uma pedra chata que só sabe estar ali sem se mexer. Ali onde seja colocada.

 

Pois a falta de confiança. É disto que estou a falar, embora não seja particularmente entendível do que para trás fica exposto. Desconfio da minha pele porque ela já me deixou em sarilhos grandes (creio que existe um sítio com este nome, mas não foi aqui que a minha pele me deixou). Gostava de ser uma cobra. Deixava que a pele me arrastasse por onde quisesse. Depois, se coisas más sucedessem (como é costume), mudava-a e arrastava-me com a nova para outro lugar. No fim de tudo, podia ir para o Jardim Zoológico e ficar em exposição no reptilário. A propósito, gosto muito de ir ao Jardim Zoológico. Sério! 

 

A BABY SITTER DA FILHA DA MARIA RUEFF


Tita

17.12.08

http://www.askmen.com/specials/2007_top_99/4/adriana-lima/picture-1.html

 

 

Tenho visto coisas tão ridículas ultimamente na televisão, que até me sinto esquisita. No outro dia, passou num canal americano qualquer o Top 25 dos corpos mais sensuais, mais bonitos, mais atraentes ou mais sei lá o quê deste género, na praia. Fiquei a ver para saber e não voltar a ver jamais. A lista era constituída por actores, cantores ou músicos e modelos.

 

Obviamente, o objectivo era promover filmes ou séries, marcas ou griffes e discos ou espectáculos que, neste dado momento, as respectivas industrias consideram importante promover. Como é evidente, nada disto foi esclarecido. O que passaram foi os corpos em fato de banho. Fotografias e imagens tratadas dos diversos  aspectos do físico daquelas pessoas muito envaidecidas

 

Lembrei-me logo que a baby siter da filha da Maria Rueff só não estava ali porque é isso mesmo. Baby sitter. No mais, tem um corpo inacreditável. Eu sei porque a vi na piscina do ginásio com a menina. Absolutamente fantástica. Além do mais, ela, a baby sitter, nem tem noção disso. Porque, enfim, tudo lhe chegou naturalmente. Bastou-lhe nascer. Sem máquinas, sem produtos, sem cirurgias, sem make up, sem bajuladores, sem uma indústria multimilionária a promovê-la. 

 

Voltando ao Top 25 da praia mais sexy do mundo, é preciso dizer que o mundo não transcende os imites das fronteiras dos Estados Unidos da América. Na verdade, o resto do planeta Terra é um puro abismo. E esta é também uma das razões que fundamentam a exclusão da baby sitter da filha da Maria Rueff das areias sexy da praia. De qualquer modo, como ela é africana, não pode, por definição, estar lindamente  bronzeada. Porque, ao que parece, o bronzeado era muito importante para a decisão sobre quem eram afinal as 25 criaturas mais atraentes do mundo em fato de banho. Só não se entende o que estava ali a fazer a Byonce, que também é negra, como a babysitter da filha da Maria Rueff, e ficou muito bem classificada. Talvez, por uma questão de coerência, a Byonce não devesse fazer parte do Top 25 dos programas mais desonestos do mundo. Por outro lado, como ninguém é capaz de dizer que um dado homem é mais bonito do que uma certa mulher, e vice-versa, o facto de constarem deste top mulheres e homens insdistintamente, só vem reforçar esta ideia de desonestidade. Só a babysitter da filha da Maria Rueff é que é honesta. Porque eu vi o corpo dela a um metro de distância, sem filtros. E ninguém do Top 25 de não sei quê mais lindo da América do Norte, com exclusão do Canadá, tinha um corpo melhor do que o dela. Mesmo com filtros.

 

Tudo isto é muito importante porque eu ando na rua e só vejo dois tipos de adolescentes: ou muitíssimo magras ou obesas. E não há meio termo. E estas meninas sem meio termo são o público destes programas. Programas feitos para criar o deslumbramento e a frustração a posteriori. Coisas que mexem com a insegurança destas meninas. No meu ginásio há uma menina com cerca de 1,70 m que pesa 42 kg. E há uma outra que é tão gorda que nem consegue fechar os braços. A magra faz 1 hora de cardio todos os dias e consome 600 calorias diárias. A gorda não vai lá há uns tempos. Portanto, há quem se deixe enlouquecer e há quem baixe os braços (mesmo que não os consiga fechar) e se deixe derrotar. A questão é que é quase impossível caber num tamanho 36.

 

As mulheres que fazem parte do Top 25 dos quase mais  infelizes do mundo, se não fossem milionários, o que dá um certo equilíbrio, têm que vestir 36 modelo francês. Logo, não têm um corpo sexy. Apenas parece que têm. São  montagens. A indústria da moda reina sobre todas as outras industrias do espectáculo. A maior parte dos costureiros são bichas. As bichas não fazem roupa para mulheres porque não gostam de mulheres. As mulheres mais parecidas com homens são as mulheres sem curvas. As que vestem 36 e medem 1,80m. A esmagadora maioria das mulheres não é assim. O problema é que as adolescentes acreditam nestas coisas. No mais, a babysitter da filha da Maria Rueff tem cerca de 1,75m e veste certamente um 38.

MANIPULAÇÃO E MASTURBAÇÃO


Tita

11.12.08

magic hands

 

 

A masturbação também é uma manipulação. Só que mais agradável do que aquela que é feita sem mãos no cérebro das pessoas. Pessoalmente, fico incomodada. É raro não perceber que me estão a manipular. Enfim, há manipulações que eu gosto. Aquelas que são feitas com as mãos em certas partes do corpo. Também gosto de manipular assim. Estas, toda a gente percebe. Creio eu. Mas as outras não. Nem toda a gente percebe. Não é para me gabar, mas eu, percebo quase sempre, como disse. E não gosto nada, como disse. Não me importo de satisfazer interesses de terceiros. Aliás até costumo fazer isso com muito gosto. Porque sou uma people pleaser (uma agradadora, portanto). Gosto que gostem de mim e faço por isso, quero dizer. Devia ter vergonha de dizer estas coisas, mas não tenho. De qualquer forma, no balanço de perdas e ganhos a coisa fica sempre equilibrada. Entre o que eu ganho e o que os outros ganham também. Quando eu faço coisas para agradar, quero dizer. Acho que daqui não vem grande mal ao mundo. Por isso, adiante.

 

Não gosto de gente manipuladora que me quer manipular. Também não gosto de ver manipular ninguém porque sou uma pessoa justa e solidária. Desconfio dos manipuladores. Se as suas intenções fossem boas eram directos e pediam as coisas. Não entravam pelo caminho impróprio de "tentar dar a volta aos outros". Normalmente, o manipulador tem muito má imagem de si próprio, o que não quer dizer que não tenha auto-estima. Muitas vezes até tem. Outras vezes não. Tudo depende do carácter. Do nível de mau carácter, claro. É que um manipulador nem sempre é uma pessoa de mau carácter. Muitas vezes é só egoísta e doentiamente autocentrado. outras vezes é simplesmente uma pessoa vazia. Que pensa pela cabeça e desconhece o sentido próprio do afecto.

 

Se alguma vez fui manipuladora foi só para me deixarem em paz. Ou então para desmanipular a manipulação de que estava a ser alvo. Por vezes temos que fazer destas coisas. O melhor seria termos todos nascido sem mãos. E, já agora, sem pés. Assim também não podíamos dar pontapés.

 

Enfim, existe uma pessoa que julga estar apaixonada por mim. E tenta manipular-me para me levar onde eu não quero ir. Há anos que isto é assim. Estou sufocada. Para começo de conversa. Não gosto de pessoas que imaginam que estão apaixonadas por mim. Desconfio delas. Ninguém pode imaginar que está apaixonado. Quando imagina, não está. A paixão é uma coisa que simplesmente se sente. Ninguém pode estar apaixonado porque um dia foi dispensado. E manter-se nesse estúpido estado. E fazer coisas que o demonstram. Tenho medo. Porque me preocupo com as pessoas. Temo que elas cometam erros graves. É que eu até já nem digo que não. Já não tenho capacidade. Apenas não vou por ali. Portanto é uma atitude não que eu tenho para dar. Se eu fosse muito burra ajudava um bocadinho. Não percebia nada destas coisas, e estaria sempre a sorrir. Assim, estou incomodada e preocupada com as merdas que os outros ainda vão arranjar nas suas próprias vidas. Na verdade, a manipulação, se não é bem sucedida, faz tropeçar o manipulador. E há quedas que doem imenso. Tenho pena.

 

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