TEMPO PSICOLÓGICO PARA DORMIR NOS CONGRESSOS
Tita
07.07.12
Já sabia que congressos é para dormir. Durante. Ontem lá me levantei às cinco da manhã para ir para o Porto dormir num. Tinha que chegar às nove. Foi menos mau a parte da viagem. O motorista conduziu smooth e ainda conseguiu chegar quinze minutos antes.
Passei o tempo alheada. De vez em quando aterrava para anotar: “tenho que ficar com a documentação desta intervenção”. Era para estudar depois. É. Porque ouvir, como disse, nada. Ao fim de duas horas já estava a olhar para o programa e a decidir que as intervenções da tarde não tinham interesse nenhum. Estava arrasada em tão pouco tempo. No entanto, o que importa é o tempo psicológico.
Tentei convencer a minha colega. Mas ela tentava retardar a coisa por motivos diferentes dos meus mas igualmente por cansaço e tédio. Não queria regressar a Lisboa para trabalhar. Eu estou de férias e interrompi por um dia. Estava numa posição diferente. Lá chegámos a uma situação de compromisso. Sair pela uma da tarde. Eu tinha tentado o meio-dia. Telefonámos ao motorista e ficou tudo tratado.
O regresso foi o supremo pesadelo. Por causa da ansiedade. De tirar a roupa, tomar um banho e deitar-me a dormir pelo resto da tarde. Nunca mais chegávamos. Creio que tive até um ataque de catatonia. O certo é que o senhor C conseguiu entregar-me em casa às quatro e meia shout.
A verdade é que são quase duas da manhã e ainda não consegui dormir nada. Já que estava cá afinal, fui ver o pai. Depois às Amoreiras comprar tabaco para o cachimbo. A seguir vim para casa jantar mas como não havia nada, a coisa só se deu já perto das dez. Por fim, ainda fui buscar a chave de Vieira para irmos as duas amanhã.
Como “perdido por cem perdido por mil” é o mesmo e é verdade, resolvi escrever este bocadinho.