THAT POINT
Tita
01.09.12
Por vezes dou por mim muito embasbacada com os feitos alheios. A pensar “Ena que coisa admirável que este (a) tipo (a) é capaz de fazer. Nunca me ocorreria ideia tão brilhante”. Depois noto o tom e a velocidade no discurso de quem me conta. E as peças começam vagarosamente a desencaixar. As peças da história de quem conta os feitos que faz. Reconheço esses sintomas. Comigo também se passa assim. Não tanto quando quero armar, embora também, mas quando desejo desesperadamente não falar do que me doa, envergonhe ou simplesmente me incomode.
Compreendo que toda a gente queira contar estórias de impressionar nas alturas em que precisamente as coisas não andam bem. Mas quando se trata de amigos a sério what’s the point?
Bom, a verdade é que tenho para aqui uma sensação de casa cheia no cérebro. As ideia metem-se mas não saem. E andam a atropelar-se umas às outras cá dentro. Estou portanto com a cabeça empanturrada. Logo, imagino que sofro no momento de macrocefalia invisível.