TO BE HAPPY
Tita
06.01.16
Comecei a escrever sobre a loucura para dizer que todos os loucos são conscientes de si próprios e é por isso que não conseguem a felicidade que é a tradução da paz interior. No entanto, aborreci-me do tema e apaguei tudo. A coisa estava a deprimir. Quanto mais escrevia mais deprimente ficava. Fiz até um paralelo entre o Hospital Júlio de Matos e o Cemitério do Alto S. João, dizendo que o cemitério é genuinamente pacífico de uma forma única e invejável. Coisa muito diferente do hospital, apesar das drogas.
Pois sim. O texto já estava a ficar parecido com uma carta escrita por um membro da família Adams. Mas não tinha tanta graça como haveria de ter no filme se houvesse uma carta destas. Além do mais, não estou deprimida. Antes pelo contrário, estou (e sou) feliz. Nesta medida, não tenho qualquer justificação para andar a tentar deprimir os outros.
Ser feliz é simples. Basta aceitar que a vida é indiferente e que as coisas más acontecem sempre.