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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

MENTIR


Tita

29.07.16

 
 
 

Pessoalmente cansam-me as mentiras constantes. Não consigo aceitar que um olímpico mentiroso vive num universo paralelo onde a verdade é tudo aquilo que ele inventa. Apesar de ser verdade. Não consigo “engolir” tal alienação. Por isso, perante um mentiroso, faço sempre (estupidamente) um supremo esforço de triagem entre o verdadeiro e o falso. A ver se consigo manter a relação em bases mais ou menos saudáveis. O que, como se sabe, não é possível.

 

Normalmente, as mentiras incidem sobre o que se possui e não se tem.

 

Falo daqueles mentirosos que começam por dizer uma mentirinha aqui e outra ali só para se afirmarem e que, no fim, já mentem por tudo e por nada. O vício instala-se como se andassem a consumir uma droga dura.

 

Uma vez disseram-me que foram de mota (numa grande mota que não existia) até ao Algarve e voltaram numa manhã sem qualquer motivo aparente e apenas porque sim. Enfim, isto não está muito bem explicado. Para o que interessa, é de anotar que era mentira, sendo certo que o drama (para mim) consistia em não se entender o porquê desta mentira. Lembro-me que me senti esmagada. E idiota. Foi dos casos mais graves que conheci. Tive que me “pirar”.

 

Estão excluídas destas considerações as pessoas que mentem numa base normal de acordo com os padrões normais de conduta exigíveis em sociedade.

 

As pessoas que não mentem de todo também não são igualmente boas da cabeça. Ou então são mal formadas. Uma pessoa tem de se proteger em primeiro lugar. E também tem de proteger os outros, muitas vezes em primeiro lugar também. Dizer sempre a verdade às pessoas é uma estupidez em alguns caos e, muitas vezes, noutros casos, magoa a sério. É sabido.

 

Mas enfim, isto tudo é porque, mais uma vez, me andam a mentir sobre a disponibilidade recursos materiais e recursos intelectuais acima da média. Parece que é a minha sina.

 

SER CHATO


Tita

25.07.16

 

Houve tempos em que achava isso. Achava-me, sem confessar a ninguém, interessante. Porque me considerava uma pessoa bastante introspetiva e que, portanto, acreditava que sabia falar das ditas “coisas mais profundas”. Com efeito, houve uma altura na vida em que eu me via capaz de fazer uma análise a tudo, falando (imenso) de assuntos variados com a dita profundidade (que me surgia, evidentemente, da prática da introspeção). Devo dizer, que no meio de tal convencimento, valia-me algum sentido de humor e o interesse sincero pelas outras pessoas. De outro modo, seria talvez proscrita dos ciclos normais onde me movimentava. Dado que era, como resulta evidente, um bocadinho chata e tinha necessidades de afirmação perante os outros.

 

Espero estar diferente. Hoje em dia. Pelo menos, falo muito menos. E também não me quero afirmar em coisa nenhuma. É claro que, tendo sido uma arrivista profissional do espírito e da mentalidade, nos termos expostos (ou seja, uma chata com necessidade de afirmação), sou bastante sensível a pessoas com idêntico perfil. Sensível no sentido de ficar com os nervos em franja. O que, penso, é compreensível.

 

 

VESTIDOS


Tita

22.07.16

 

Hoje resolvi pôr um vestido curto. E um maluco decidiu baixar-se para ver melhor as minhas pernas. Confesso que não me sinto totalmente à vontade. Na verdade, quero ir para casa tirar este vestido curto. Estas coisas têm a ver com a personalidade das pessoas. A minha personalidade é mais calças. No entanto, fiz uma compra em série de vestidos. Este que trago hoje é o mais curto. Tão curto, que tenho que estar sempre a puxar a malha para baixo. No entanto, como disse, comprei uma pequena quantidade de vestidos. Trata-se de me obrigar a mudar. Estou numa fase em que me é importante mudar. Porque estava muito parada. Agarrada ao meu espaço de conforto. Já mudei algumas coisas. Para começar, não fumo mais do que sete cigarros por dia. E agora, pelos vistos, uso vestidos. Eu que detestava vestidos, embora não saias. Sucede que não comprei nenhuma saia. Só vestidos, como disse. Também, ando com vontade de me meter na praia. E, confesso, não estou preocupada com os malefícios do sol. Só porque andei muito tempo preocupada com os malefícios de muitas coisas. E a pensar que podia apanhar doenças. Não. Não sou hipocondríaca. Apenas fiquei muito surpreendida pelo facto de a minha mãe ter sido “apanhada” por um cancro. O que me fez pensar que, qualquer dia, é a minha vez. Disparates! Ainda que assim seja, e se assim for, acontecerá o que tiver que acontecer. E é uma estupidez andar preocupada. Na verdade, isto já me está a passar. Foi o trauma. Assim, não quero mais pensar em doenças graves. Como o cancro de pele. E por isso vou até ao sol.

DE VOLTA A LISBOA


Tita

10.07.16

 

De regresso da minha primeira parte das férias deste ano.

 

Venho bronzeada porque fiz praia. E tive pouco cuidado com o sol. Bem sabendo que é uma estupidez. Até me está a cair a pele do ombro direito.

 

No dia 7 fui a um restaurante onde se comia muito bem. Também, os empregados, eram muito simpáticos e profissionais. A envolvente deste restaurante é irreal, by the way. Sobretudo à noite. A certa altura, um senhor contratado começou a cantar a partir do relvado. Estavam duas inglesas de meia-idade na mesa ao lado da nossa. Começaram a cantar com ele. Elas sentadas na sua mesa e ele de pé no relvado, como já estava. Deviam ser cantoras líricas. As vozes poderosas tomaram conta da noite. Diverti-me muito. Aliás, toda a gente no restaurante se divertiu muito.

 

Também joguei ténis duas vezes por dia. Houve dias em que joguei muito bem e houve dias em que joguei muito mal. Tem a ver com a concentração. Jogar ténis a pensar noutras coisas não é um bom método.

 

Verifico que estou a escrever este texto como se fosse uma redação encomendada por uma professora do primeiro ciclo sobre as férias. É aquela coisa de querer contar as coisas.

 

E continuando a contar as coisas, sempre digo que, mesmo assim, não desliguei de Lisboa. Lisboa é a minha referência de vida. Nasci aqui. É aqui que se situam os meus ninhos e os meus nichos. Estou contente por regressar a casa.

 

 

 

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