O SENTIDO DA VIDA
Tita
13.03.17
Estava a pensar no sentido da vida. E, claro, ocorreu-me o filme: The meaning of life dos Monty Python. Basicamente este filme diz-nos que não existe um sentido para a vida. O que existe são objetivos de vida. E que são dois: procriar e ganhar.
Não existe Deus. Só o Big Bang. As pessoas nascem e morrem sem pedir. Assim, pelo meio, têm de viver. Viver é, portanto, uma imposição. Deste modo, não se concebe que as pessoas comecem por gostar de viver. Assim seria de pensar que, logo que ganhassem uma consciência, as pessoas poderiam suicidar-se em massa. Sucede que cada um nasce com aquilo que é designado por instinto de sobrevivência, pelo que estão impedidas de fazer uma coisa destas. E é também o mesmo instinto que lhes ordena que procriem. Procriar é um processo que tem como fim último eternizar os genes.
As pessoas sabem que, salvo qualquer incidente inusitado, têm que estar por aqui por muitos e bons anos, pois. E aqui não é um lugar fácil de estar. Porque existem outras pessoas e os recursos são escassos. Portanto, a vida concretiza-se no travar de num conjunto de batalhas sucessivas em busca das coisas que os outros também querem. Daí dizer-se que a vida é uma luta. Morrer e nascer custa a todos. Mas viver ainda é o pior e muito mais difícil para quem tem menos recursos. Porque está sempre metido em lutas desiguais e com os acessos cortados.
Enfim, lembrei-me deste filme porque estava para alugar no videoclube da televisão.