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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

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PAGAR PELOS ERROS


Tita

12.06.17

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A responsabilização faz-se sobre as pessoas em relação às coisas que elas não fizeram bem mas deviam. Está delimitado o âmbito. Mais do que isto é abuso. Menos do que isto é laxismo. O sentido de justiça é o princípio que rege a matéria.

 

Como diz, e bem, a Joss Tone, todos tem os o direito de errar. "The right to be wrong". Errar é, aliás um exercício de grande utilidade. O erro liberta o espírito de embaraços supréfulos e é um dos mais eficazes instrumentos de aprendizagem. Sobretudo porque não há quem não erre. Não errar é desumano. Por isso seria um absurdo proclamar "no right to be wrong".  

 

O que importa é medir os danos. É preciso responder pelos danos. Na medida certa. Ou seja, a medida do pagamento tem de ser igual ao montante dos prejuízos. Assim mesmo. Se mais. Sem menos. Com certeza que os danos morais e as expectativas legítimas estão aqui incluídos. São contabilizáveis. Embora de conta difícil. Porém, não impossível.

 

Pedir desculpa é bom. Faz bem à contraparte, mas se for só isso é um facto de baixa produtividade e de nenhum interesse. Pedir desculpa é só a primeira parte. O primeiro acto. O acto que fica sem sentido se não for seguido pelos demais correspondentes.

 

E voltando atrás, os erros pagam-se em função dos danos. É natural que este processo implique dor. Temos pena.

 

Mas temos mais pena de quem pede cabeças. Eu sou contra a pena de morte. Porque o princípio aqui em causa é o da justiça. Justiça sem humanidade não faz sentido. Humano é o erro. Não pode ser tão irreversível como a morte.

 

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