HOJE ACORDEI A UM QUARTO PARA AS SETE
Tita
24.06.17
Hoje não dormi nada. Ou melhor, dormi ao serão e depois foi um problema. A questão é que mesmo não tendo dormido, acordei a um quarto para a sete. Como não achei nada de melhor para fazer, decidi jogar no computador. Perdi os jogos todos. É que estava a pensar e diversos assuntos. Maioritariamente coisas de trabalho. Como fazer isto. Resolver aquilo. Projetar algumas coisas. Etc.. Gosto de pensar em trabalho quando é de trabalho mesmo que se trata. De coisas produtivas, quero dizer.
Agora, como se verifica, estou aqui a escrever. A ver se me sai alguma coisa inspirada. O que não tem sucedido ultimamente. Na sequência do post anterior, fiquei com a ideia de que passei a ideia de que me acho muito gira e que faço um grande favor às pessoas baixinhas e gordinhas em apaixonar-me por elas. Pessoas a quem chamei, respetivamente, smurfs e bolas de Berlim só para ser ilustrativa. Uma falta de respeito, noto. O que eu queria realmente dizer é que gosto de pessoas bonitas que podem ser gordinhas ou baixinhas ou as duas coisas ou não ser nada disso. Com efeito, a beleza é um conceito subjetivíssimo, reafirmo.
Olho para o que escrevo e parece-me que está pior a emenda que o soneto. Talvez deva calar-me com este assunto do desejo e da estética. E ficar na minha. Porque a minha é decente. Só não consigo explicar-me bem.
No outro dia fui à praia e levei protetor 50, como informei. Agora continuo branca como a neve e estou sem poder vestir os vestidos que queria. A chatice é que vou ter um jantar. Ia levar o vestido que não compromete ninguém – o preto – mas é muito curto. Não estou com pernas para isso. Apenas por causa da respetiva cor, creio eu.
Estou sem saber o que fazer neste sábado. Porque há futebol às quatro. De manhã já estou cansada. Porque não dormi bem, recordo. E à tarde, depois do jogo, já serão seis horas… Não, não me apetece ir ao cinema. O meu problema com o cinema é que não posso parar o filme para ir comer e beber ou não parar o filme e fumar cigarros. Depois, também não me apetece partilhar emoções com uma plateia. Efetivamente, gosto de ver cinema em casa. Sozinha ou em boa companhia de uma só pessoa. Já o teatro é diferente. Há uma comunhão entre os atores e o público que faz parte do espetáculo. O público, muito publico, é indispensável, portanto. Assistir a uma peça de teatro é efetivamente uma emoção partilhada por todos os que lá estão, pelo que me esqueço de fumar ou de querer beber ou de querer comer. Seja como for, talvez não vá ao teatro hoje.
Hoje talvez aproveite o que restará da tarde para namorar intensamente.