DIA DE ANIVERSÁRIO
Tita
05.07.17
Na sexta faço anos e concederam-me a tarde livre para ir até à praia. Aproveito e janto por lá. É assim que vou passar o meu aniversário. Gosto de fazer anos. E de os festejar. O que não sucedia na infância e na adolescência. Houve épocas dessas alturas em que até me esquecia do facto. Isto é verdadeiro e concomitantemente não é um dado muito feliz. No entanto, não vou dizer aqui porque é que as coisas se passavam assim. Apenas deixo que havia razões ponderosas para tal.
Mas agora que gosto de fazer anos tem-me sucedido que, em diversos aniversários recentemente passados, as coisas correram mal. Uma dessas vezes, que qualifico como uma das piores, apanhei com uma cena de ciúmes “do cão” (do cão é como dizem os brasileiros).
Ora, uma cena de ciúmes destas caracteriza-se por incorporar predominantemente um interminável discurso feito de acusações e desconfianças. Um discurso interminável é aquele que nunca mais se cala. Portanto, começou antes do jantar, prolongou-se pelo jantar e, à uma da manhã, ainda efervescia. Um massacre!
Não tomo este exemplo porque esteja com medo que me suceda algo semelhante. Antes pelo contrário, tenho a certeza que não. Mas tomo este exemplo para dizer que mais vale não festejar se é para (não) festejar assim. Digo isto porque tenho experiência em não-festejos, como referi.
Bem, este texto está com cara de que “não tenho mais nada para dizer sobre este assunto”. O que é verdade. Por isso vou fechar.
Mas não sem antes afirmar que este ano vai ser muito feliz.