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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

UMA QUESTÃO DE FEITIO


Tita

27.12.17

 

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Em artigos sobre o amor dignos de revistas femininas de grande tiragem é normal encontrar frases típicas como “o respeito é fundamental numa relação” ou “no amor é preciso confiar no outro”. Normalmente, uma pessoa lê um artigo destes e nada acontece. Ou, melhor, acontece o esquecimento. Com efeito, ninguém recorda o que não é possível interiorizar. Porque nada é explicado devidamente.

 

Só me vem à cabeça o conceito de individualidade. Sempre acreditei que o amor era um plus na vida de uma pessoa. Deste modo, a individualidade jamais se poderia esbater.  Aliás, não pode efetivamente, sob pena de a pessoa a quem uma coisa dessas suceda deixar de ser amada.

 

Porém, a questão essencial tem a ver com a harmonização da individualidade com a cedência. Pois como seria dito num daqueles artigos que acima referi “ no amor é preciso saber ceder”.

 

Mas ceder o quê e até que ponto? Por exemplo, as questões de feitio. Uma pessoa deve ceder, aceitando tudo o que é típico do feitio da outra? Acredito que no feitio, nos feitios, é que podem ser feitas todas as cedências. Porque é fácil alterar aspetos do mesmo. Só não o sendo para quem não está de boa vontade. Veja-se como é fácil alterar o feitio de um blazer, por exemplo. E, no entanto, é certo que ele não perde a cor, nem as mangas, nem aquela parte que envolve o tronco e eu não sei dizer o nome.

 

No entanto, a maior parte das pessoas confunde feitio com personalidade e, por causa disso, não quer alterar nada. Porque ninguém quer deixar de ser quem julga que é.

 

O NATAL JÁ PASSOU


Tita

27.12.17

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O Natal já passou mas continua tudo imbuído do respetivo espírito. Creio que é das férias ou, para quem não está de férias, pelo pouco trabalho que se vai fazendo. Acredito também que as pessoas estão na ressaca do contentamento por terem recebido alguns presentes e pelo facto de algumas se terem encontrado com pessoas de quem gostam e não costumam ver sempre. Depois, ainda vem ai a passagem de ano, pelo que a festa continua. Assim, anda tudo sorridente. Pelo menos é o que eu vejo nos ambientes que me envolvem.

 

 

O que eu quero dizer, no fundo, é que o espírito de Natal tem muitíssimo a ver com o que se recebe. Já em miúdos era assim. Eu cá gostava do Natal porque comia doces e tinha prendas. Eu e todas as crianças que conhecia. As questões do menino Jesus tinham tudo a ver com as figurinhas do presépio. Com a decoração, portanto.

 

NO NATAL


Tita

18.12.17

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Hoje vou almoçar com um grupo de pessoas de quem gosto muito, sob o pretexto de ser Natal. Considero isto um privilégio. Segundo ouço contar, a maior parte das pessoas que trabalha tem a maior parte dos almoços de grupo infetada por pessoas que estão ali porque convém. E a maior parte das pessoas que tem almoços de grupo não pode faltar aos mesmos porque não fica bem. Isso já me aconteceu. Porém, poucas vezes. Nestas coisas, não cedo nem concedo muito. Sempre que posso fugir fujo mesmo. Por estas alturas, no Natal, portanto, é muito comum termos que estar com quem não queremos. Quando devia ser precisamente ao contrário, uma vez que estamos numa época de estar em Paz.

HONESTIDADE


Tita

15.12.17

 

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É bom terminar o que há para fazer e perceber que ainda resta tempo. Tempo para as coisas que devíamos ter sempre tempo. Neste caso, tempo para escrever. Não sei se já disse isto, mas vir aqui expor é um exercício que me é muito grato. Porque designadamente me ajuda a organizar as ideias. O que, por sua vez, faz com que a cabeça fique leve (uma vez que se liberta de matérias acessórias e diversas sujidades). O que também, por sua vez, alivia o coração. Daí a última das consequências: a impagável leveza do ser. Claro que isto também me acontece com a terapia. Isto das arrumações. E, por falar nisso, ontem lá fui eu.

 

Ontem estava muito apreensiva com um telefonema que tinha que fazer. Tratava-se de uma reclamação. O meu problema era que não estava bem certa de que reclamava com razão, embora me parecesse que sim porque o resultado das coisas não batia certo. A questão estava na palavra dada. Não me lembrava que palavra tinha dado. Se, de facto, tinha combinado aquele resultado ou se tinha dito, antes, outra coisa mais (legitimamente) conveniente para mim. Acresce que me parecia que a reclamação não valia a pena, uma vez que não estava a ver como se podia corrigir o problema sem destruir tudo para voltar a fazer tudo de novo. Bem, mas para o que importa, lá reclamei a custos interiores que não se notaram pelo lado de fora. E, afinal, o problema foi facilmente resolvido.

 

Como é evidente, a terapeuta ajudou-me nesta situação. Porque a consulta foi prévia ao telefonema. E ajudou-me com uma pergunta: “porque é que é tão exigente consigo?”. Sim. Porque serei eu tão formalista? Terei a cabeça formatada pelo Direito? Um amigo meu que também tirou o curso disse-me em tempos que “fazer Direito ensina a pensar”. Enfim, não sei. Sei que damos muita importância às regras e ao que ficou acordado. Assim, para mim, a máxima de que “para os amigos tudo para os outros a lei” funciona em grande quando eu sou os outros. Ou seja, aplico-me a lei. E, por outro lado, é igualmente certo que, para mim, para os amigos não é tudo. Antes, a lei para toda a gente.

 

Sei lá eu porque sou assim. Aposto que o curso não tem nada a ver com isso, bem vistas as coisas. Basta ler os jornais e ver a quantidade de licenciados em Direito que não aplicam nem se aplicam a lei. No fundo, é capaz de ser tudo uma questão de honestidade.

 

OVELHAS QUE CANTAM


Tita

14.12.17

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“Se fizeres maldades, Nosso Senhor castiga-te”. Assim, sendo, Nosso Senhor é um castigador. Isto é o que melhor recordo acerca do que me foi dito nas missas e a propósito das missas sobre o caráter de Deus. E o certo é que, efetivamente, quando fazia asneiras sérias, apanhava dos meus pais. Era castigada por Deus, portanto.

 

E, apesar de também ouvir falar da “infinita bondade divina”, não me lembro de me terem dado muitos exemplos da mesma. A este propósito, tanto quanto sabia, havia milagres Divinos. Coisa que se podia comprovar através dos filmes que passavam na televisão sobretudo nas épocas do Natal e da Páscoa. Será, pois, possível, a quem tiver uma fé designadamente tremenda (eu diria mesmo não humana) e, por consequência, profundamente misteriosa, andar sobre as águas ou multiplicar pães, por exemplo. Por mim, como conhecia as padarias e acreditava que haveria de aprender a nadar muito bem, compreendia mal para que me haviam de servir os milagres divinos.

 

Certa vez fui abordada por um casal de senhoras tipicamente maçadoras por serem Testemunhas de Jeová. Naquele dia estava com tempo. Aconteceu. Encontrava-me sentada num banco de jardim da Conde Valbom. Deixei-as falar. Depois deram-me a palavra. Para ver se eu estava convencida. Expliquei que era católica e que não podia mudar de religião. Por nada de especial mas apenas porque o que mudava era o culto. Práticas diferentes. De resto, tudo igual na sua essência. Concretizei que Deus é Deus. Sempre o mesmo. As formas e as fórmulas de mostrar adoração é que se alteram. De resto, também não percebia para que queria Deus ser adorado, a não ser que fosse por questões de Ego Divino. Já por isso não punha os pés na minha igreja de nascença.

 

Acredito em Deus porque sinto que está. Por aí. Mas não creio no Deus cultivado de que estive a falar. Além de tudo o mais, sempre me enervou imensamente estar no meio de um bando de “ovelhas” reunido ao domingo para entoar em uníssono cânticos deprimentes.

 

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