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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

AFETO


Tita

19.01.18

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Em vez de se esforçarem, as pessoas podiam só gostar umas das outras. Porque é isso que as outras pessoas procuram nas outras. Que gostem delas. As outras pessoas querem que as outras pessoas gostem delas. Pois. É verdade. É a busca de afeto que nos move a todos. Só que, no meio do caminho, as pessoas deixam de saber isto. E procuram promoções, automóveis e casas. São como beijos e abraços estas coisas para as pessoas.

AMIZADE


Tita

18.01.18

 

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As pessoas não querem a verdadeira proximidade. Querem outra coisa qualquer. Talvez fingir que não se sentem sós. Creio que não se pode criar uma proximidade real com alguém com essa facilidade toda. E muito menos com várias pessoas. Primeiro nasce o afecto. Depois cresce o afecto. Seguidamente, consolida-se o afecto. Por fim, é ocupado um lugar fundamental na vida de alguém e na nossa. Nada disto é plural ou colectivo. Quer dizer, tem que ser feito com uma pessoa de cada vez. E exige disponibilidade e dedicação. A este processo dá-se o nome de amizade.

A CASA ARRUMADA


Tita

10.01.18

 

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Nós somos feitos de um património. Mental/emocional, físico e material. Claro que nós só somos mental/emocional e físico. Digo isto porque já ouvi alguém dizer que nós somos aquilo que podemos transportar. Basicamente o nosso corpo em todas as suas aceções. Mas se não estivermos a olhar pelo prisma do transporte, nós somos o que comecei por dizer: nós também somos o que temos. Não por virtude de raciocínios ou avaliações de terceiros mas pelas coisas que a coisa nos faz. O que nos mudam os bens. Melhor, o que fazem os bens de nós.

 

Com exceção das pessoas que não habitam casas, as pessoas habitam casas. Assim, cada um tem a sua casa (que pode ser partilhada ou não). E para que serve a casa? Repouso, recolhimento, intimidade, refúgio, prazer, conforto, lazer.

 

Eu não acho que uma casa esteja desarrumada se as camas não estiverem feitas, se houver casacos pendurados em cima de cadeiras, se houver livros ou discos em cima de uma mesa de apoio, se a manteiga estiver fora do frigorífico… Antes, a casa está marcada pelas experiências humanas a que se destina. É uma casa vivida.

 

As casas não podem estar impecáveis. As coisas nas casas não podem estar sempre nos seus sítios. É importante que existam cabides de pé. Que é para haver alguma roupa abandonada fora dos roupeiros. Já estive em casas com o chão a brilhar. Detesto. Tenho medo de escorregar. Há também umas pessoas que posicionam definitivamente os seus objetos de décor. E eu não lhes posso tocar. Para mim tocar nas coisas é fundamental. Certa vez peguei na mão de uma pessoa e encostei à minha pele do tronco. Toquei na pessoa com a minha pele do tronco. Foi assim que decidi que haveríamos de namorar com toda a certeza.

 

AQUILO QUE SOMOS CAPAZES DE DIZER


Tita

05.01.18

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Quem tem medo de Virginia Woolf

 

É verdade que os nossos dias são mais ou menos uns iguais aos outros. Todos os dias nos acontecem mais ou menos as mesmas coisas com pequenas variações sem significado. As rotinas matinais dentro de casa. O mesmo caminho de ida e volta. O mesmo posto de trabalho. As mesmas pessoas. E com isto podia dizer-se que a nossa vida não é interessante.

 

Porém, não é assim porque a vida é sobretudo emocional e mental e também temperamental. Apesar de os percursos e os contextos serem os mesmos, é verdade que há sempre novidades em cada dia. Anote-se a este propósito que, por exemplo, numa peça de teatro, os cenários pouco ou nada mudam, assim como as pessoas, e tantas coisas acontecem. Há uma dinâmica imposta pelo texto que faz mover os personagens. Portanto, tudo depende dos textos. De facto, os nossos dias mudam em função daquilo que somos capazes de dizer.

 

OS TIPOS QUE DETESTO


Tita

04.01.18

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Tenho um amigo alemão que ignora as pessoas por quem não tem verdadeiro afeto. Também gostava de ser assim. Na verdade, as pessoas que não têm verdadeiro afeto por nós, se se aproximam muito é porque querem alguma coisa. Nem que seja só “despejar o saco”.

 

Eu, infelizmente, exponho-me um bocado a essas pessoas. Sendo certo que não faço o contrário. Ou seja, não peço nada a ninguém e muito menos vou falar de mim a quem quer que seja. Sou, portanto, uma criatura voluntariosa e um tanto parva. Claro que as pessoas que falam imenso delas próprias dizem muito pouca coisa que preste. Dizem muito pouco de si, na verdade. Talvez porque não conhecem da matéria. É tudo exterior. As pessoas que falam imenso de si, falam de si de fora para dentro. Vão ao mundo para se explicarem sem que previamente se permitam à síntese entre o interior e o exterior. É claro que se trata de um tipo de discurso que não interessa a ninguém. E a mim não interessa particularmente. A questão é que ofereço o corpo e a alma ao sofrimento. Como se devesse alguma coisa.

 

Temos que ser humanitários. Se calhar é esta frase que me impele a ficar a aturar. Não nos podemos esquecer que Jesus Cristo morreu na Cruz para nos salvar. Isto ouvi eu na igreja. E ouvi também que o Cristo foi morto por nós, devendo nós carregar tamanha culpa e andar para aí na vida a sofrer. É verdade que, resumidamente, a igreja incute-nos a ideia de que não estamos na vida para ser felizes.

 

Bom, mas uma vez definitivamente afastada da igreja, e não de Deus, volto ao que inicialmente estava a dizer. Sou dada a chatices. Permito que as pessoas me importunem. O que é muito mau. Para mim, sobretudo. Porque essencialmente me desgasto. No entanto, o pior destes processos nem é isto. O pior destes processos é que os respetivos responsáveis não dão o devido valor ao que fazem. Ou seja, não assumem uma consciência efetiva de que chateiam imensamente as suas vítimas. Aliás, nem vêm vítimas. Vislumbram, antes, amigos. E têm a distinta lata de imaginar que são gostados. Pois eu digo: sinto um desprezo profundo por todas as pessoas a quem este texto é dedicado.

 

INJEÇÕES DE STRESS


Tita

03.01.18

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Muitas vezes não me apetece simplesmente raciocinar. Lembro-me que a minha mãe também era assim. Quando o pessoal começava com assuntos muito sérios ou áridos, ela distraia-se e respondia qualquer coisa agradável só para não defraudar os ímpetos de quem falava. Pessoalmente também não presto real atenção às coisas que me vão dizendo. Então se for matéria política, ainda menos.

 

Por outro lado, neste momento estou a meio gás por causa das pausas das festas. Ainda me sinto em clima de festa, na verdade. Assim, não quero muito saber das matérias jurídicas ou, dito de outro modo, da ciência dos interesses. De facto, não estou com paciência para andar agora a resolver questões nascidas de interesses (essencialmente materiais) dos outros. Ainda que seja este o meu trabalho e não tenha como me escapar dele. De qualquer maneira, resulta evidente que esta espécie de resistência mental vai passar com as injeções de stress que inevitavelmente deverei tomar nos próximos dias. No problem.

 

RESOLUÇÕES DE ANO NOVO


Tita

02.01.18

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Em todo o lado se ouve falar nas resoluções de ano novo. E sabemos que há imensa gente, talvez a maioria das pessoas, que se mete nisso. Deste modo, deixam de fumar, iniciam uma dieta, começam no ginásio… entre outras decisões mais sérias. Acho eu.

 

Bem, na verdade, não sei bem que tipo de resoluções tomam as pessoas nesta data. Não sei porque não me interessa ler sobre o assunto, não pergunto a ninguém e, fundamentalmente, não tenho o hábito de assumir resoluções para datas precisas.

 

Eu não tenho datas. Tenho momentos. O meu momento é quando estou de “saco cheio de mim mesma” porque tenho este ou aquele comportamento que se vai repetindo e eu não gosto. Sou de me repetir nas coisas erradas que faço. Na verdade, tenho uma certa tendência para a indolência. Assim, sou de me demorar nos meus comportamentos adversos. Claro que nunca podem ser coisas muito corrosivas ou comprometedoras, bem entendido. Porque desde há algum tempo que a minha autoestima anda bem colocada. Porém, em suma, são atitudes que não fazem bem ao físico ou à alma. Portanto, há sempre um dia em que me farto. E mudo tudo. Não costuma é acontecer em data especial de calendário.

 

Seja como for, em janeiro voltei a fumar cachimbo.

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