Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

COM IMAGINAÇÃO


Tita

23.02.18

Resultado de imagem para esculpir madeira

 

Tenho este blog. E digo aqui coisas. Naturalmente. Sobretudo, falo do que penso sobre diversos assuntos que interessam a mim. Por vezes, nem assunto tenho, limitando-me a fazer pequenos exercícios com as frases feitas de palavras evidentemente não soltas. De outros momentos, exponho-me um bocadinho, revelando aspetos mais privados da minha personalidade (porém, não da minha vida, atente-se).

 

Descobri que, de entre as pessoas que aqui vêm ler, há algumas, felizmente muito poucas, que se põem a construir uma certa pessoa que não sou eu a partir de alguma coisa de mim que daqui tiram.

 

Não sei para que se metem as pessoas a fazer coisas destas. Então não é óbvio que de um blog apenas se pode retirar o seu autor por partes? Como se faz uma pessoa a partir de algumas partes? Com imaginação, diria eu.

 

SELF CONFIDENCE


Tita

08.02.18

Resultado de imagem para usain bolt

 

Uma pessoa que é muito exigente consigo própria é alguém que, a dada altura, acabará por perder a confiança em si?

 

Este foi o meu tema de conversa de ontem. Do outro lado diziam-me, entre outas coisas, o seguinte: “não é falta de confiança. É o seu nível de exigência que é muito alto”. Assim, ao que parece, uma coisa não terá a ver com a outra. Ou seja, é possível ser muito exigente no contexto em que estou a falar, e ao mesmo tempo muito confiante. Aliás, provavelmente uma coisa condiciona a outra se uma pessoa não é uma lunática. Ou seja, é preciso ser confiante para se pedir mais do que a conta. Sobre a conta ou que conta é esta, falarei mais à frente.

 

Creio que o individuo é muito exigente porque designadamente é também muito competitivo - ainda que, na maior parte das vezes, o possa ser apenas consigo mesmo. A questão é que nem sempre dá. Nem sempre se chega lá. Ao patamar escolhido e decidido. E, assim, sendo fica por resolver o problema do individuo competitivo/exigente nas suas relações internas – nas suas relações consigo próprio, quero dizer.

 

Li em qualquer lado que não é mau colocar a fasquia mais para cima porque uma exigência elevada conduz a melhores resultados. É que, mesmo que não se consiga ultrapassá-la, sempre é possível dar saltos mais altos do que os que seriam dados se as exigências fossem de um outro nível.  

 

Quer isto dizer, em suma, que o referido problema das relações internas não terá, então, tanto a ver com as metas que se estabelecem mas mais com a crença de que tais metas podem ser atingidas. No fundo, está aqui em causa saber se cada objetivo proposto é ou não irrealista. De facto, uma coisa é pedir muito outra coisa é pedir de mais.

 

E uma pessoa pede demais quando, em face das circunstâncias concretas e das suas especiais aptidões, sabe que não vai dar porque há uma espécie sistema métrico das capacidades humanas que nunca falha. Dito isto, afirmo também que é crença minha que as pessoas muito exigentes apenas pedem muito e não demais, sendo certo que pedir muito implica quase sempre o recurso às reservas físicas, mentais ou emocionais ou, dependendo do caso, a todas.

 

Mas voltando um pouco atrás, e relativamente àquela questão do pedir muito mas a coisa não se dá, dúvidas não subsistem quanto à frustração que daí advém. Do falhanço. Penso que é necessário ter cuidado. É preciso estar em forma para responder ao que se pede. De outro modo, é melhor não pedir. É, com efeito, neste ponto que bate o problema da confiança. Uma pessoa pode começar a deixar de confiar em si própria se pede, investe e não consegue. Uma, duas, três vezes. Na verdade não importa as capacidades que temos. É mais relevante o momento. Quer dizer, do momento em que estamos depende a nossa capacidade para cumprir os objetivos a que nos propomos. E nem sempre se está em forma. As pessoas que têm o hábito de exigir nem sempre fazem uma boa avaliação destas condições ou pressupostos. Por isso falham e não se perdoam. O que, malgrado as explicações do processo dadas, não faz sentido. Não faz sentido não perdoar.

 

Certa vez ouvi alguém muito inteligente e muito capaz dizer o seguinte: ”eu fiz asneiras naquele momento. Muitas. Falhei em toda a linha. E andei anos sem me perdoar pelos erros cometidos. No entanto, hoje entendo que não fiz melhor porque naquela altura não era capaz. Independentemente daquilo que eu sou capaz”.

 

Resta-me informar que, neste momento, me sinto em plena forma.

 

stats

What I Am

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub