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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

A PIRÂMIDE DAS NECESSIDADES


Tita

24.04.18

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É muito comum dizermos que “todos temos os nossos problemas”. O que é verdade. Não obstante, tenho impressão que um problema existe ou não dependendo da perspetiva. A maior parte das vezes, o que temos é dificuldades ou desafios. Problemas, problemas são designadamente os graves de saúde, a perda de pessoas que nos são muito queridas ou aquelas questões do nível básico da pirâmide das necessidades de Maslow.

 

É por isso que não tenho paciência nenhuma para pessoas infelizes porque frustradas. 

 

O BOM, O MAU E O INTERSETADO


Tita

04.04.18

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Creio que se um copo está meio, não está cheio nem vazio, está meio. O que demais se diga refere-se a projeções. É certo que, quem vai com o copo a meio, pode achar que a bebida está a acabar ou, em sentido oposto, que ainda lhe falta muito para beber. No entanto, as coisas não são assim. As coisas são de tal modo que a verdade é que há meio copo para beber ou, se quisermos porque é a mesma coisa, há meio copo já bebido.  

 

Portanto, a atitude psicológica pode alterar os factos. Quer dizer, as coisas não são como são mas são aquilo que nós pensamos delas. E isto vale tanto para as coisas como para as pessoas.

 

Na verdade, quanto às pessoas nós não conhecemos a maior parte daquelas com quem nos damos. No entanto, temos uma ideia quase sempre muito bem formada sobre aquilo que elas são, embora, com toda a honestidade, não sejam. Ou seja, como as coisas, as pessoas não são aquilo que são mas são aquilo que nós pensamos delas.

 

Dito isto, importa saber se gostamos das coisas e das pessoas. Como disse, tudo dependerá do tipo de projeções que fazemos. Mais propriamente da nossa atitude psicológica. No fundo, daquilo que nos interessa ver e que se encontra quase sempre condicionado pelos nossos próprios interesses (desejos incluídos, como é evidente). E isto não significa que sejamos interesseiros. Creio que a coisa é muito mais condicionada pelos instintos do que outra coisa.

 

Mas a questão do copo tem a ver diretamente “com o ser positivo”. Portanto, com a ideia de ver “o lado bom das coisas”. Enfim, tudo coisas que eu não percebo. Por exemplo, a minha mãe morreu de cancro. Quando ainda não tinha morrido, via-se-lhe na cara a doença a batê-la aos pontos. Mas no dia em que morreu tinha realmente uma expressão vitoriosa. E eu, perante o facto, pensei: “venceu a doença, afinal”. E agora pergunto se este meu pensamento daquele momento preciso diz de mim que sou uma pessoa positiva.

 

Olhamos para as coisas pelo lado melhor que elas possam ter para sentirmos algum alívio quando sofremos ou para andarmos mais alegres quando não estamos tristes. Mas, como as pessoas, as coisas são o que são. Boas, más ou intersetadas, independentemente da nossa atitude psicológica perante elas.

 

Tenho para mim que não vale a pena fazer filmes, valendo apenas a pena fazer um esforço para tratar com a vida como ela é e saborear a vida como ela também é, tendo em vista ser feliz. Assim, sou positivista e não positiva, pois. 

 

UM SONO DE MORTE


Tita

03.04.18

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O tédio surge quando nada acontece. Nada de novo, quero dizer. Tenho uma certa tendência para me entediar. O que é um handicap. De facto, não é suposto que aconteçam novidades por aí, se a rotina é a rotina. Assim, com o passar de algum tempo sobre as mesmas coisas, fico chateada.

 

Creio que há pessoas muito proactivas que estão sempre a inventar o que fazer para variar. Mas eu não sou assim. O meu departamento é mais do interior. Para mim as variações têm que se processar ao nível interno. Não é porque agora decido ir tomar um copo ao fim do dia com este ou aquele amigo que me torno numa pessoa mais satisfeita quando estou entediada. Quando os meus procedimentos internos estão invariáveis.

 

As novidades de que falo são, pois, estruturais. Quando me chega o tédio quero mudar a feição das coisas que faço. O mesmo é dizer que quero fazer outras coisas. Trata-se de uma alteração das matérias e dos contextos fundamentais.

 

Na verdade, não gosto de me propor a reinventar. Ou seja, detesto pegar na matéria entediante para lhe dar nova forma. Porque quando as alterações são apenas formais é natural que o mérito que as situações já não têm se imponha outra vez. Não gosto, assim, de reinventar porque, na verdade, as coisas não se transformam no âmbito destes procedimentos ilusórios. É que é tudo feito à conta de uma atitude pessoal que se altera e de acordo com a qual, ao invés de reinventar, se inventa apenas. Isto, no fundo, é como quando uma pessoa se arranja toda bonita e fica mais bem-disposta por causa disso. Já se sabe que depois passa quando a mudança é meramente exterior.

 

Isto que foi dito lembra o que se passa nas relações. Naquelas relações que já estão em penas e as pessoas, não se sabe bem porquê, não consideraram ainda a hipótese de se separar. Normalmente, se recebem conselhos, é-lhes dito para reinventarem a relação. Para fazerem fins-de semana românticos, etc. e outras baboseiras do género. Já me aconteceu isto. E o certo é que me dava um sono de morte quando chegava a hora H.

 

DAR E NÃO RECEBER OU AS ÁREAS DE SERVIÇOS


Tita

02.04.18

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Sou uma pessoa disponível. Costumo emprestar o ouvido muitas vezes. De outras vezes, mais do que isso, sou capaz de me prestar a alterar algumas rotinas (preciosas) da minha vida de acordo com necessidades alheias.

 

Tenho um âmbito alargado de disponibilidades. É por ser tão alargado que as pessoas que se julgam usuárias de mim pensam que não existem fronteiras ou limites.

 

Entendo a vida como uma experiência partilhada. Em que, precisamente, partilhamos. Damos e recebemos. Os meus limites estão na incapacidade que o outro tem de dar. Na verdade, as pessoas com quem me dou têm que me dar porque é assim que as coisas funcionam de uma maneira saudável. Pode não ser mais do que eu lhes concedo mas tem de ser o que eu preciso.

 

Sucede que, na maior parte dos casos, as pessoas só se expressam em generosidade quando lhes fazem sentir que de outra forma não dá para dar. Ou seja, se não dão também não hão-de receber. Mas este não é o meu caso. No meu caso, não costumo dizer nada. A não ser que basta quando de facto já basta.

 

Devo dizer que, no entanto, sou mais ou menos autossuficiente. Preciso de muito pouco que não consiga pelos meus próprios meios. Por outro lado, dispenso as mais das vezes os ouvidos alheios. Mas irritam-me os pedinchões por vocação. Porque estes não se lembram que têm que se lembrar dos outros. Ou seja, mesmo que não precise de muita coisa, gosto de saber que há disponibilidade para ser generoso comigo. Uma ou outra delicadeza cai-me bem, quero dizer. Não interessa, portanto, o que me dão. Importa-me mais que se importem comigo. Que haja a abertura para dar. Ainda que seja nada de especial.

 

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