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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

A CHAMADA SOLIDÃO


Tita

30.05.18

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Há pessoas que acreditam que padecem de solidão. Trata-se de indivíduos muito carentes. E chatos. Normalmente atiram-se a tudo o que mexe. Habitualmente contam longas histórias que versam sobre detalhes, pontos ou aspetos do seu dia-a-dia que não interessam a ninguém. Também se emocionam com muita facilidade. E tendem a desconfiar dos outros. É, além do mais, muito vulgar ver estas pessoas magoadas com este ou aquele pequeno gesto de alguém que, as mais das vezes, lhe é indiferente.

 

Nem sei porque estou a falar disto agora. Eu que já fui vítima de gente assim mas só no passado. Hoje em dia, posso reconhecer um pretenso solitário à distância. O que me confere certas vantagens. Para o manter lá. À distância. Assim, apesar de ser certo que eles andam ai, estou calma.

 

E é só.

 

O QUE QUERES SER QUANDO FORES GRANDE?


Tita

28.05.18

 

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Naturalmente, também me fizeram essa pergunta. O que queria ser quando fosse grande. Nunca soube responder, pelo que menti sempre da série de vezes que me perguntaram. Menti porque, na altura, enquanto criança, não gostava nada de desapontar as pessoas adultas que não desejavam ficar sem resposta ou que queriam uma resposta adequada. Assim, sem fazer grande ideia do que se tratava, talvez tenha dito que queria ser hospedeira ou enfermeira, como respondiam as meninas da minha idade que brincavam com bonecas (o que não me sucedia).

 

É de anotar que a pergunta não era sobre o que gostaríamos de fazer em crescidos mas sobre o que queríamos ser. Portanto, a questão não incidia sobre o aspeto da realização pessoal mas ia no sentido de averiguar da potencial capacidade de entrosamento social da criança.  

 

Conclui-se assim que ninguém que saber do que cada um gosta. Seja em que área da vida for. O que preocupa as pessoas é saber se não há dissidentes à vista.

 

O PROBLEMA DA FRUSTRAÇÃO


Tita

24.05.18

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Em princípio, podemos falhar num determinado projeto (seja ele de que natureza for) se não possuirmos designadamente a paixão, as competências, as habilidades e a inteligência necessárias para o levar a bom termo.

 

No entanto, também é verdade que embora tenha tudo no sítio, a mesma pessoa pode não suceder no mesmo projeto. Ele há, de facto, fatores externos. Ou melhor, há sempre fatores externos. Pode parecer ou, mesmo, ser um lugar-comum, porém, e uma vez que está aqui implícito o problema da frustração, o que verdadeiramente importa para a evitar é dar tudo o que é possível em cada jornada porque é verdade que nem tudo depende de nós e também é certo que a vida não é justa.

 

Há muitas pessoas que têm medo dos desafios. Porque, se não forem bem-sucedidas, revela-se (interna e externamente) que não são suficientemente boas. E, com efeito, a questão dessas pessoas é sempre esta. A existência de uma possibilidade (ou mais) de não serem suficientemente boas em áreas integradas nos seus contextos. Porque, por um lado, temem que tenham pena e que, por causa disso, as desconsiderem e, por outro, porque têm medo do seu próprio sentido de autocritica nem sempre bem ajustado.

 

Também há pessoas que nunca desejam sobressair. São low profile. Ou seja, esforçam-se sempre para aparentar uma presença discreta onde quer que vão ou estejam. Já por isso são sóbrias na indumentária, não falam muito e evitam a todo o transe meter-se nos assuntos que dizem respeito aos outros, entre outros comportamentos de baixo perfil que vão adotando.

 

É verdade que ser um flop ou ser um êxito constituem as duas faces da mesma moeda no que às relações sociais diz respeito. A generalidade das pessoas não gosta de um e de outro perfil. E fazem tanto mal aos desvalidos como aos bem-sucedidos. As formas e as fórmulas é que são diferentes.

 

Enfim, tudo isto parece um elogio à mediania. O que faz todo o sentido.   

 

FALAR DE AMOR


Tita

16.05.18

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No amor existe muito medo. Em princípio, toda a gente tem medo de amar. Não falo de paixões avassaladoras daquelas que podem provocar estupidas quedas voluntárias do Aqueduto das Águas Livres. Falo de amor. Daquele sentimento que entrelaça as vidas num projeto de vida que é eterno até à morte. Vivido até à morte. As pessoas que amam assim, têm muito medo de perder o que sentem. Porque o sentimento já faz parte da personalidade. Do caráter. O meu pai morreu em vida quando a minha mãe partiu.

 

A montante, é da projeção disto que se tem medo antes de embarcar na aventura sem retorno que é o amor real. Antes de embarcar, e com o barco já atracado em frente aos nossos olhos no porto, não quereríamos ir se soubéssemos que a viagem é sem volta ao mesmo lugar.

 

Nós não gostamos do desconhecido porque não o conhecemos e não sabemos como nos vamos conseguir comportar. Se vamos corresponder perante nós próprios e perante o outro às dificuldades e aos desafios todos novos, bem como à alegria e ao prazer ignotos.

 

É por isso que as pessoas vão inconscientes para o amor. Pensam, ali mesmo em frente ao barco atracado no porto, que o regresso se há-de dar no fim da viagem. De outro modo, não embarcavam.

 

DISCURSO DE ÓDIO


Tita

15.05.18

 

 

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Tenho muito medo. Apesar de que, felizmente, nunca fui mordida ou, sequer, tocada. Mas tenho muito medo. É certamente porque rastejam, são viscosas, ultrarrápidas, agressivas e têm uns dentes pontiagudos de onde se solta um veneno eventualmente mortal. Claro que estou a falar especialmente das ditas perigosíssimas. Enfim, do género que só vejo na televisão ou no Jardim Zoológico. Em ambos os casos, sempre protegida. Acrescento, no entanto, que também tenho medo das outras que não são venenosas.Talvez sofra, portanto, de ...fobia. Que tem tratamento mas eu não me quero tratar. Por mim, podiam morrer todas.

 

Acabei, pois, de fazer um discurso de ódio. Às cobras.

 

DEDICAÇÃO EXCLUSIVA


Tita

10.05.18

 

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Surge-me a ideia de obsessão. Ideias fixas. Uma ideia fixa é uma ideia que se fixa no pensamento e não o abandona nem por nada. É verdade que sou um bocado assim quando estou envolvida em algum projeto que tenha decidido. Enquanto dure eu estou ali para durar. A pensar na coisa sem parar. Até tudo estar resolvido.

 

Não obstante, sempre é certo que quando as coisas acabam, tenho alguma facilidade em esquecer os projetos. O que se compreende porque me vejo esgotar no processo. Uma pessoa esgota-se quando dá tudo o que pode. E quando dá tudo o que pode, uma pessoa deixa de ter para dar. Pelo menos para aquele peditório. Resta-lhe o que lhe resta para outros.

 

Pensando bem, e posto o exposto no parágrafo anterior, talvez não seja obsessiva. Talvez seja dedicada em exclusividade. É verdade. Tendo para a exclusividade. Isto porque não tenho coração (logo) nem cabeça para me envolver em muitas coisas ao mesmo tempo. Assim, sou muito dedicada.

 

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