GOSTAR COMO RESPIRAR
Tita
18.07.18
A autoestima, sendo, antes de mais nada, uma decorrência do instinto de sobrevivência, é sobretudo um reflexo das manifestações reiteradas de amor dos pais ou de quem os substitua. Neste contexto, a criança compreende que tem valor intrínseco, qualidades que justificam aquele afeto, e, deste modo, inicia e prossegue o seu processo de construção da autoestima.
Por outro lado, ninguém nos ensina o que é o amor. Nós gostamos de quem nos faz bem. É isto que dita o instinto de sobrevivência. Anote-se que a fragilidade das crianças determina a quantidade de afeto que elas sentem pelos pais. E nada disto tem a ver com a autoestima.
Rejeitam-se, porque enganosas, frases como as seguintes: “Se eu não gostar de mim, quem gostará?”; “Se não gostas de ti, não gostas de ninguém”, e outras deste género.
Gostar é um ato tão natural como respirar.