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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

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"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

A CHAMADA PAZ PODRE


Tita

22.11.18

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Há bolhas que nos acontecem na vida. E se estou a falar disto é porque me proponho tentar aqui explicar a razão pela qual vale a pena rebentar as bolhas.

 

Não há muito tempo queimei um bocadinho do antebraço direito numa lâmpada que estava acesa há muito tempo. Doeu-me na altura mas depois passou. Entretanto, logo de seguida, dei conta de uma emergente bolha de água, que tratei de rebentar, ficando com a zona em carne viva. Claro que me ardeu. E andou a arder durante uns dois dias. Até nascer uma crosta não muito bonita, a qual demorou a cair, pelo que andei a tapar o braço para ninguém ver. Porém, agora tudo é passado e está emocionalmente esquecido.

 

Naturalmente, se não tivesse rebentado voluntariamente a bolha referida, é certo que a mesma havia de explodir por si ou mirrar até a pele cair. Na verdade, todo o processo que descrevi haveria de acontecer de modo semelhante. Só que as coisas seriam mais demoradas. E aqui é que bate o ponto. Sobre as bolhas que nos acontecem na vida, tudo se baseia na vontade que temos de tolerar pelo tempo que dura uma bolha de água no antebraço. Que ainda não arde mas alimenta em si a legitima expectativa de que tal vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Ora, neste contexto, uma expetativa engordada ou um grande balão de ansiedade dirigem-se ao mesmo objetivo: provocar ardor no peito.

 

Portanto, como referi, sou da opinião de que mais vale rebentar as bolhas. Ao menos só arde na pele.

 

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