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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

(NEM) TODOS MAIS FELIZES NO NATAL


Tita

27.12.18

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No Natal é suposto estarmos com a família e demais pessoas que amamos e ainda outras que também amamos que apareçam. Comemos bem e trocamos presentes maioritariamente comprados nos malls atulhados de gente. As casas, as ruas e as lojas estão mais bonitas. Nós também andamos mais bem vestidos. São estes os principais motivos que nos fazem ficar mais felizes no Natal.

 

Digo isto e percebo claramente porque há quem não goste do Natal.  

 

 

"VENDER"


Tita

21.12.18

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Não sei se é só por interesse ou se é também por inexistência de alinhamento do ser com o aparecer que as pessoas passam a vida a tentar “vender” uma ou mais imagens de si próprias, dependendo do posicionamento e do estilo de cada recetor. A autenticidade é, pois, um bem raro no “mercado” das relações sociais. E é por isso que toda a gente desconfia, não confiando em ninguém.

 

Recordo aquele poema do Pessoa (Álvaro de Campos). O Poema em Linha Recta:

 

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,

Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,

Indesculpavelmente sujo,

Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,

Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,

Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,

Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,

Que tenho sofrido enxovalhos e calado,

Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;

Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,

Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,

Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,

Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,

Para fora da possibilidade do soco;

Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,

Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo

Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,

Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana

Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;

Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!

Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.

Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?

Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!

Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,

Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!

E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,

Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?

Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,

Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

 

O CASACO PREFERIDO


Tita

14.12.18

Resultado de imagem para ralph lauren blazersEu sou uma pessoa que tem dez ou vinte blazers mas só uso três, sendo que, as mais das vezes, visto um, que é o meu preferido. E nada disto me impede de continuar a comprar casacos.

 

AS ÁRVORES ESTÃO SEMPRE DE PÉ


Tita

12.12.18

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Claro que todos gostaríamos que todos gostassem de nós. Só para não acontecer o contrário. Ou seja, que alguns não gostem. Porém, nem que seja por causa da existência de energias incompatíveis (quer dizer, por nenhuma razão aceitável), há sempre quem não goste de nós.

 

E quando alguém não gosta de alguém, há sempre a tendência para espalhar palavras ou praticar ações contrárias aos interesses do não-gostado, o qual, de vez em quando, por causa disso, lixa-se.

 

A questão fundamental centra-se, pois, na forma como uma pessoa pode evitar ser lixada. Depois de refletir um bocadinho, conclui que não há forma. A não ser que chegasse ser muito bom como uma árvore de porte. E não chega. Mas consola. Consola porque, na verdade, os problemas apenas criam verdadeiros problemas quando em consequência os indivíduos soçobram. Ora, as árvores estão sempre de pé.

 

GENTE QUE GOSTARIA DE SER MOSCA


Tita

06.12.18

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Todos sabemos por experiência que há gente que gostaria de ser mosca só para poder pousar em cima de alguém específico. São as chamadas pessoas tipo-mosca que, como as moscas, costumam levar fortes sapatadas para se afastarem. Não obstante, uma vez que possuem o espírito chatíssimo e pouco inteligente (para não dizer patológico) das moscas, estas pessoas dão a volta e regressam para tentar pousar de novo. E dificilmente desistem deste tipo de procedimento.

 

OS BURGUESES


Tita

04.12.18

 

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Olha-se para o comportamento comum das pessoas e fica-nos a incómoda impressão de que todos sonham (e fazem para) ser os burgueses de que Cazuza fala na canção: A burguesia não tem charme nem é discreta/Com suas perucas de cabelos de boneca/A burguesia quer ser sócia do Country/A burguesia quer ir a New York fazer compras (…) A burguesia fede/A burguesia quer ficar rica/Enquanto houver burguesia/Não vai haver poesia.

 

O CÃO


Tita

03.12.18

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Ontem, só porque tinha um cão da raça do meu, dei por mim a ver um filme detestável. Gente deprimida. Era o tema. Quanto ao cão, pretendia-se que fosse o fio condutor de uma sucessão de estórias de vida. Porém, não era mais do que um elemento quase irrelevante presente em todas. O verdadeiro fio condutor da coisa era exatamente a depressão de que padeciam todos os personagens de todas as estórias contadas. No fim, o cão acabou por morrer esmagado por um camião TIR e repisado por vários carros que se seguiram na mesma estrada. E, para terminar, apareceu o mesmo embalsamado numa exposição de arte exploratória.

 

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