NÃO SEI SE FOI PELO CIGARRO
Cat2007
04.04.19
Uma vez um homem parecido com o Paul Newman pediu-me um cigarro nos jardins do Hospital Júlio de Matos. Dei-lhe. E lume também. Foi quando voltou a falar-me que tive a certeza que era doido. Disse, olhando-me fixamente nos olhos, que estava ali porque era muito má pessoa. É claro que sim. Doido varrido. Nenhum de nós, alienados do lado de cá, se põe, em qualquer circunstância, a dizer uma verdade sentida enquanto abre livremente o olhar para o outro que enfrenta.
Mais disse-me o Paul Newman que eu era boa pessoa. Não sei se foi pelo cigarro mas é provável.