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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAMA


Tita

23.01.09

 

 

 

 

Tenho andado a pensar nesta coisa de que se fala imenso: ser bom ou boa na cama. Numa primeira abordagem, parece-me que, seguramente, uma pessoa que tenha um desempenho análogo aos actores de filmes pornográficos não é boa na cama. E ponto. Porquê. Ora, basta referir que aquela gente não se beija. Não interessam as posições que fazem, os uivos que dão, os objectos que usam, as fantasias que pretendem recriar. Não são bons na cama porque não se beijam. E como não se beijam, também não se olham nos olhos, não se tocam, não se focam... no essencial. 

 

Na cama o essencial é a outra pessoa. A importância que ela tem. O corpo e o prazer são instrumentos de aproximação. Coisas para estreitar a intimidade e, por consequência, a partilha de uma qualidade de afectos única.

 

As pessoas são diferentes. E é por isso que não se pode ser bom na cama com diferentes pessoas se o nosso comportamento é padronizado. Mesmo que se faça tudo, se "pinte a manta". Há pessoas que não gostam de mantas com pintas. Podem preferir mantas riscadas. Ou não querem manta nenhuma. E eu disse querer, mas é mais sentir. Por exemplo, fazer amor dentro duma piscina não é nada confortável. Nem sensual. Nem aveludado. Mas cai muito bem nos filmes. Até parece o contrário. É assim que se criam os conceitos e as convicções despropositados. Mas eu disse fazer amor numa piscina, como podia ter referido outra coisa qualquer verdadeiramente ousada de que agora não me estou a lembrar.

 

A prática do "one night stand" é um disparate. A menos que as pessoas não tenham entrado nisso com tal intenção, e a coisa não correu bem. Mas se entraram mesmo para isso, o que queriam era afecto a qualquer preço. Quando esta prática já se tornou um vicio, as pessoas ficam-se pelos serviços mínimos porque estão quase vazias. Deprimente.

 

As pessoas que são boas na cama são aquelas que têm uma natural predisposição para amar quando vão fazer sexo e que, por isso fazem amor. Amar é qualquer coisa que tem menos a ver com a nossa satisfação pessoal e mais com a nossa capacidade de compreender e de dar.

 

13 comentários

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    Tita 04.01.2011

    Pois. Está certo. Mas isso não tem nada a ver com o ser bom ou mau na cama. Off topic.
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    Catarina 04.01.2011

    UH! simplesmente porque isso não existe olha ca gaita, apenas boas/bons ou más/maus na cama.
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    Tita 04.01.2011

    No capisco, cara
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    Catarina 04.01.2011

    faut être deux pour faire l'amour, pelo menos. é trabalho de equipa, individual só se for "self only me"
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    Tita 04.01.2011

    Pronto! Já capisco. Lol!
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    Catarina 04.01.2011

    "Lol"?????? ca trampa é essa agora?????? ó que caraças. ncr pá
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    Tita 04.01.2011

    Pois claro. Toda a razão. NCR!!!
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    Catarina 05.01.2011

    bom, mas feita a declaração de princípios já posso dizer que me revejo no post. Há ainda a questão do olhar que pode ser meio caminho andado para o Estado orgástico, um novo país onde se vai viver e morre de vez em quando, não sei se concordará com o acescento.
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    Tita 05.01.2011

    Mas se não se chegar ao estad orgástico, também não há problema. Creio.
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    Catarina 05.01.2011

    Estado orgástico não é orgasmo. Creio que é bom e importante visitar esse estado, com frequência. Há um tipo chamado Stanley Keleman que escreveu uma cena chamada "Viver o seu Morrer" em que começa com a frase "a sexualidade é quase um treino para morrer". Está na net, caso interesse. Obviamente que estou a teorizar e está-se a falar de fazer amor, ou seja, problema não há e é importante aparecer de vez em quando neste Estado. Penso até que tem hino e bandeira, não tem moeda porém.
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    Tita 05.01.2011

    Stanley Kelman. Ai foi? Pois eu escrevi isto: "Estavam tão agoniantemente felizes. Era uma felicidade que lhes doía, mas que também lhes sossegava a alma. Como se a morte as envolvesse sem lhes tocar. Estiveram assim muito tempo. Num silêncio cheio de significados. Repleto de mensagens. Nem todas descodificadas". Para confirmação: http://ogatogaga.blogs.sapo.pt/48415.html.
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    Catarina 05.01.2011

    digamos que é uma maneira mais azul de colocar a questão, vá. eu estou a dar-lhe com a teorização técnica e responde-me de azul, sim senhora.
    já agora, dizer-lhe que tem uma imaginação fértil, devem ser tiques de escritora, a ficção e isso assim tásse mesmo a ver...que julho de 2010 já lá vai. tou feita ao bife com esta tipa pá.
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