PARA QUEM NÃO GOSTA DOS QUEEN
Tita
25.12.10
Alguém me disse um dia que os "Queen" ou se amam ou se odeiam. Não sei de onde vem isto. Também não pode ser assim. O ódio tem imensa força. Creio. Talvez tanta ou mais que o amor. Se soubesse o que é exactamente o ódio poderia falar com certezas. Assim, sei lá do que estou a falar. Penso que, seja lá como for, isto é bom sinal. Não saber exactamente de que trata o ódio. Só pode fazer bem à saúde
Por outro lado, a que propósito se odeia bandas de música? Não é um bocado estúpido isso? É estúpido. Sim. Os cantores e os demais músicos não vivem na nossa casa. E os que vivem assumem uma particular forma de viver. Entram e saem em formatos portáteis ou pela rádio e televisão. É só fazer turn off. Ou basta atirar um disco pela janela.
No momento em que não for possível atirar um disco pela janela, devemos compreender que temos dentro de casa, a ocupar a nossa vida, uma "força de bloqueio". É viável chegar a odiar uma força de bloqueio. Imagino. Mas não é os Queen, ora. Para que se fazem tantas confusões então?
Quando era uma pessoa pequena ficava doida com "Os Marretas", caraças! Detestava. Agora sei que isso se passava porque aquilo não era coisa para a minha idade, e só havia dois canais de televisão. Depois, com o tempo, aprendi a amar. Talvez ao mesmo tempo que os Queen.
Mas não perdi a lucidez. Ninguém ama bandas de música.
Ninguém ama sapos de boneco manipulados por actores. Ninguém ama peluches de sapos de boneco que nada fazem na vida. A não ser a apologia de dinâmicas de shows de televisão que são um êxito. Eu tenho um "Cocas" original. Veio de New York town. Por vezes ajeito-o na minha almofada da cama. E coloco o braço por cima. Ponho o Tony Bennet a tocar. Eu ouço. Ele não.
Feliz Natal.