BISSEXUALIDADE
Cat2007
12.03.11
A revista Sábado publicou esta semana em destaque um "Relato na Primeira Pessoa", de Teresa Pinto, advogada de 38 anos. Neste artigo é descrita "a vida amorosa de uma bissexual" em alguns trechos de romances vividos (http://www.sabado.pt/epapper/)
No fim, Teresa revela que é homossexual mas que a sua experiência reflecte a vida de uma mulher bissexual. E, quanto a mim, é este o ponto mais interessante de toda a história. Porque em Dezembro de 2010 eu escrevi neste blog um texto sobre o mesmo tema (http://ogatogaga.blogs.sapo.pt/55730.html). Reedito agora alguns extractos.
"Ser bissexual é como apanhar um barco que flutua num rio situado no meio de duas estradas paralelas... Começo por assinalar que os barcos só se apanham quando não há alternativas melhores. As estradas de que falei têm nomes. Heterossexualidade (HT) e homossexualidade (HM). Assim como o rio que, evidentemente, se chama bissexualidade (BI)."
"... não existe a bissexualidade. A terra firme da orientação sexual é a heterossexualidade ou a homossexualidade. A bissexualidade é um passeio de barco que nos faz bem para arejar ou para nos recompormos. Podemos fazer a viagem sempre que quisermos. Normalmente, ela acontece quando precisamos. Mas, como disse, não tem consistência. Porque as coisas não se passam em terra firme."
Ou seja, na minha opinião, não há bissexualidade que sempre dure. Porque a bissexualidade não é uma orientação sexual. Antes, é um estado de coisas emocional passageiro. Dure lá o tempo que durar.