A PAIXÃO DO FUTEBOL
Cat2007
26.02.12
No outro dia, não sei quando, ouvi um jogador de futebol, não sei qual, declarar que todos os dias “trabalhamos para dar alegrias aos nossos adeptos”. Penso que foi isto. Ou talvez tenha sido mais. Talvez tenha mesmo dito que o objetivo do seu trabalho e o dos seus colegas era dar alegrias aos adeptos. Achei que estas declarações ajudam a explicar muita coisa. Quando alguém diz, por exemplo, “vamos ser campeões”. Alguém que não joga e só assiste. Realmente… Nunca consegui compreender isto muito bem. Isto. Da depressão pós-derrota. Da euforia depois da vitória. Enfim, daquelas coisas todas que arrastam, motivam e arrasam, para o bem ou para o mal, a maior parte das pessoas. Porque a maior parte das pessoas gosta de futebol, diferindo apenas na forma como gostam e se expressam. E pronto, é isso. Os jogadores de futebol dependem da aprovação dos adeptos que são a sua razão de jogar. Assim sendo, os adeptos entregam-se ao jogo como se jogassem. É verdade. O jogo é jogado pelos jogadores, técnicos e público. E não há jogo que não seja assim. As derrotas têm essencialmente o peso da desaprovação, da desilusão e da tristeza. Com os devidos efeitos sobre o valor das marcas dos clubes, passes dos jogadores, receitas televisivas e patrocínios, embora, por incrivel que pareca estas não sejam realmente as coisas mais importantes.