A RAIZ DO MAL
Tita
24.06.12
Sobre o bem e o mal. A referência psicológica pode ser os conceitos clássicos religiosos de Inferno e de Céu.
Quando era miúda imaginava que o inferno se integrava globalmente por um circo de labaredas gigantesca e mais nada. E que o céu eram relvados, árvores de fruto e riachos. Talvez estas fantasias tivessem origem nos desenhos gravados nas “Sentinela” que a senhoras testemunhas de Geová em atividade de missão iam apresentar lá à porta de casa de vez em quando. Os bons iam para o Céu e o maus para o Inferno. Era bom quem praticasse o bem. E mau quem fizesse mal aos outros, às flores e aos animais.
Um dia veio-me à ideia que, podendo existir lugares muito melhores e muito piores do que este, o Céu e o Inferno também são na terra. E portanto, o Céu e o Inferno também são no Universo. Creio que entre a Terra e o resto do Universo existe uma ligação perfeita e inatingível que justifica a morte. Assim, ninguém irá para o Céu ou para o Inferno. Quanto muito, continuará em um ou outro destes contextos ou em ambos à vez. E depois disto lá se apagaram as minhas fantasias plásticas inspiradas na “Sentinela”.
Não é fácil dizer o que é o bem e o que é o mal. Sei que o personagem escandalosamente centrado em si mesmo é a raiz de todo o mal.