AS MINHA MÚSICAS
Tita
18.10.21
Hoje, a esta hora, já estou um bocadinho cansada da cabeça. Estive de auscultadores postos a fazer uma visita aos meus ficheiros de música. Apaguei algumas. Introduzi outras. E reordenei a ordem de reprodução. Tanto no telefone como na pequenina pen que costumo usar no carro. Foi uma trabalheira porque são mais de mil. Músicas. E a maior parte bate com o meu gosto de um modo certeiro. É de tudo: jazz, pop, clássica, fado, tango, etc. Tudo dentro do maior bom gosto. De acordo com os meus próprios parâmetros. Bem entendido.
Não obstante, tenho gravados vários guilty pleasures. Soit-disant, pirosices. As quais, por razões óbvias, não ousaria aqui identificar. Bem, talvez só uma: por el amor de una mujer, cantada pelos Gipsy Kings. Também, estão para ali registados diversos exemplos de música francesa, tipo Charles Aznavour, e italiana, género Mambo Italiano, do tempo dos meus pais. Porque, precisamente, faz-me lembrar os meus pais. E isso, quanto a mim, é bom.
Tudo visto, o que importa é que acredito na seguinte máxima: diz-me que música ouves e dir-te-ei quem és. Ora, a minha extensa playlist, como se verifica, não contém só a música de que gosto sinceramente pela música em si. Não. Há coisas que apenas me remetem para espaços, acontecimentos e pessoas, sendo essa a respetiva utilidade. E é por esta razão que outra pessoa qualquer, uma pessoa que não seja de casa ou do carro, poderá fazer um juízo errado de mim. Logo de mim… Eu que sou aquele género de pessoa que “não está aqui para enganar ninguém”.