FOI PORQUE NÃO PUDE
Tita
22.11.16
Há uns dias que não apareço por aqui. É porque tenho andado um bocado ocupada. De qualquer forma, cá estou. É para dizer que eu agora não me zango comigo própria.
Dentro de um determinado contexto, envolvida e determinada por certos condicionalismos exteriores e interiores a pessoa faz, em cada situação de exigência, o melhor que sabe, bem como aquilo de que é capaz no momento.
Eu tive uma reunião que me correu muito mal. Talvez tenha posto uma série de objetivos em causa só porque não estava perfeitamente concentrada e alinhada das emoções.
Noutras alturas da vida, teria saído de lá a detestar-me por não ter tido o melhor desempenho. Porque acharia que seria bem capaz de fazer melhor do que foi feito. E seria. Mas não aconteceu. Aconteceu o que foi possível acontecer. A culpa de não estar perfeitamente alinhada não foi minha. Não há culpa nestas coisas. A culpa não é de ninguém. Em abstrato, eu poderia exigir de mim um determinado tipo de comportamento. Sucede que, no concreto, esse comportamento não se verificou. São as emoções que determinam os meus comportamentos. A questão é que estava um bocado ansiosa. E não consegui controlar a ansiedade.
Se não consegui foi porque não pude.