PROVOCAÇÕES AMOROSAS
Cat2007
07.09.16
Sobre o que escrever? Claro que, na sequência do post abaixo, e porque o filme está aí, havia muito da dizer sobre a insuperável Florence Foster Jenkins. E, por analogia, sobre a grandíssima Natália de Andrade. E, noutro registo, mas no mesmíssimo registo da paixão, sobre a divina Maria Callas. Entre estas três há um ponto em comum, naquilo que obviamente me diz respeito. A capacidade de me emocionar ao extremo. Embora a Callas não me faça rir. Só sorrir. Mas, como ia dizendo, creio que quem as ouve me compreende. E me dá razão quando digo (quando disse no post anterior) que, no filme, é uma pena ter sido a Meryl Streep a cantar. Assim não se percebe bem. A comédia e o drama que o verdadeiro talento alimentava.
No entanto, ponto final sobre o assunto. É preciso mudar de assunto. Porque é preciso mudar. Eu preciso. Sobre o que escrever? Ora, vejamos: com exceção de no amor (foi de no amor que eu quis mesmo escrever. Não há erro), não gosto de ser provocada. Ninguém gosta, creio eu Mas no amor é muito bom. Suscita o desejo, abrindo espaços para o encantamento. Uma pessoa ri-se, por exemplo. Mas as provocações no amor têm de ser de amor. Creio que não é necessário explicar com exemplos o que são provocações de amor. Nem dizer que não é necessário amar amar para que elas ocorram, bastando outros sentimentos também atrativos de menor monta.
De alguma forma, as provocações amorosas têm qualquer coisa a ver com o canto das cantoras líricas. De outro modo, eu não teria feito esta associação de ideias. De qualquer modo, não sabendo ainda bem explicar o que se passa, ocorre-me a palavra paixão e raciocínio. É preciso sentir que existe e é necessário compreender os contornos. É preciso disponibilidade.