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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

VIAGENS


Tita

23.09.19

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Há muito tempo que ando a informar a quem interessa que padeço de claustrofobia. De modo que toda a gente sabe que, a menos que seja inevitável,  não vou de elevador, não apanho o metro, não atravesso túneis compridos e não ando em aviões pequenos. Assim sendo, passo a vida a maçar as pessoas, obrigando-as a subir escadas ou a esperar por mim, a andar de carro na Avenida da Liberdade, a enfrentar os semáforos e outros empecilhos da superfície e a fazer escalas em vários aeroportos.

 

Sucede que fui mesmo agora para Florença em voo direto num avião que dava para mais de cem pessoas. Não era, pois, um avião pequeno. Mas, afinal, era um avião pequeno por ser do tipo peixe-espada. Quer dizer, por ser comprido, mas demasiado estreito - ou seja, muita gente em espaço reduzido. Acresce que, logo em seguida, fui para Veneza por terra. Ou melhor, por baixo da terra. Na verdade, fui apanhada num túnel de 18 km.

 

Portanto, em poucos dias, vivi o paraíso dos meus piores pesadelos. E eu que, em fantasia,  suspeitava de que, em circunstâncias como estas, haveria de me faltar o ar, que o corpo tremeria, que o cérebro passaria ao estado líquido e que o coração bateria demasiado depressa até parar - e depois eu morreria ou ficaria atrasada mental -, eu… bem, eu não senti nada. Medo de nada! E agora estou sem saber o que pensar. 

 

FOBIAS


Tita

23.05.19

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Quando eu era pequena a minha mãe tinha o hábito de contar a toda a gente que eu não queria tomar banho. Tratava-se do seu modo particular de pedir auxílio em vão.

 

Eu gritava na banheira. Havia necessidade de dois adultos para a tarefa. E o chão ficava totalmente alagado. Entretanto, a paciência esgotava-se e, portanto, havia dias (felizes) em que me deixavam em paz. A sensação da água a correr sobre a cabeça causava-me ansiedade e falta de ar.

 

Conheço uma pessoa que tem terror de baratas. Mas não pensa nelas muitas vezes. Apenas entra em pânico quando as vê. A isto eu chamo uma fobia bem colocada. O medo surge, e somente surge, em face do objeto ou da situação objeto.

 

Enfim, vou a Itália e o avião, embora da TAP, é pequeno. Claro que já fui a Barcelona, embora na TAP, e o avião ainda era mais pequeno. E fui e vim. Tão confortável, que até dormi. Acresce que, no outro dia, atravessei um túnel já grandinho e nada me sucedeu lá dentro. Aos nervos, quero dizer. Porém, senti ansiedade e falta de ar antes de lá entrar. Devo ter, então, uma clautrofobia em perspetiva. 

 

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