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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

UMA RESOLUÇÃO DE ANO NOVO


Tita

01.01.22

 

Contagem Regressiva Para Meia-noite De 2022 Foto de Stock - Imagem de xmas,  dourado: 229567876

 

Dá ideia de que esta coisa de “partir” a vida por anos torna tudo mais fácil, na medida em que renovamos as nossas esperanças a cada início, como se o calendário tivesse poderes mágicos. Pessoalmente, não acredito nisso. Simplesmente porque não é verdade. A grande maioria dos factos instalados na nossa vida em 2021, e que também decorrem dos anos anteriores, vão continuar a ter as suas consequências em 2022, boas ou más, consoante os casos. E 2022 não tem culpa nenhuma disso. O dia 1 de janeiro é somente aquele que se segue ao dia 31 de dezembro.

Claramente, algumas coisas vão mudar, para melhor ou para pior, dentro deste novo ano. Mas isso é porque, no continuum da vida as coisas mudam sempre. Na verdade, porque nós fazemos, voluntaria ou involuntariamente, para que mudem ou, então, acontece a mudança por força das circunstâncias ou de acasos.

Não obstante, é bom renovarmos as nossas esperanças sobre os dias melhores que virão. E se o dia 1 de janeiro, por ser dia 1 de janeiro, nos motiva para tanto, vamos aproveitar os benefícios que uma certa atitude positiva e a inerente disposição para a proatividade nos podem aportar. Porque, enfim, além do mais, é fundamental dar algumas tréguas ao cansaço.

Devo dizer que hoje, dia 1 de janeiro de 2022, acordei com uma certa impressão de que estou infetada com a variante Ómicron. Não é por nada de especial, mas porque os números da COVID-19 são de tal maneira assustadores, que uma pessoa mal escapa a um certo estado de paranoia.

Assim, partindo desta ideia de que estou paranoica, e uma vez que é necessário preservar a saúde mental, vou procurar pensar que, na verdade, não estou infetada e dar o meu melhor para continuar a viver não decentemente, como a maior parte das pessoas tem feito desde que a pandemia se instalou. Trata-se de uma resolução para o Ano Novo.  

 

 

FINALMENTE UM DIA DE SOL


Tita

15.12.20

Las ensoñaciones del paseante solitario: Por encima de las nubes siempre  brilla el sol.

 

Finalmente um dia de sol! Até parece que, embora não seja verdade, a pandemia se aligeira. Nos dias de sol parece que tudo o que não é bom se se esbate na mesma medida em que as nuvens negras baixas já se foram. Hoje está sol e até parece que estamos mais livres. Que podemos ir passear de outra maneira. Isto é, com outro espírito. Mais alegre. Apesar das “velhas” máscaras e dos “antigos” cuidados.

A propósito de um telefonema que recebi ontem, ocorre-me dizer que as pessoas invejosas caraterizam-se essencialmente por possuírem um caráter que as faz desejar que os outros estejam numa mó de baixo mais abaixo da delas. Já sabemos que o invejoso, independentemente da situação em que se encontre, não aspira a melhorar. Só a piorar. A situação das outras pessoas e o seu próprio estado de espírito animado por tais energias negativas. Para tanto, e porque pouco mais pode fazer, a pessoa invejosa intriga.

Mas não quero estar aqui a deter-me sobre estes processos de baixa moral. Falei porque me impressionou o tal telefonema. Que aconteceu num dia feio de chuva. Fiquei com pena. Mas hoje está sol. E ninguém telefonou para me aborrecer.

Tenho uma coisas de trabalho para concluir e depois vou fazer uma caminhada. 

 

TESTAR NEGATIVO


Tita

28.10.20

Curry Cabral vai monitorizar à distância doentes a recuperar em casa –  Observador

 

Fiz o teste ao SARS CoV-2. Deu negativo. Sucede que agora estou muito mais preocupada do que estava antes. Também porque me descreveram como é estar doente de COVID – 19. Uma pessoa pode morrer. O meu irmão esteve internado no Curry Cabral. Débito de oxigénio e, por via disso, coração a bater fraco. Foram vários dias assim. Agora já saiu. E está todo “queimado” da cabeça. Disse-me que foi muito bem tratado. Que aquelas pessoas que ali estão (médicos, enfermeiros e auxiliares) mereciam ganhar o triplo. Não lhe faltaram com nada. Cuidados de atenção permanente e mesmo até ternura. O meu irmão é novo. Alto. Forte. Mas ia morrendo. Agora está traumatizado. Sente ansiedade. Sobretudo quando sai à rua. Embora tenha estado num quarto de isolamento, não chegou (por muito pouco) a dar entrada nos cuidados intensivos para lhe aplicarem o famigerado ventilador. Disse-me que todos os dias olhava para a porta do quarto. Todas as manhãs. A pensar “é hoje que vou para lá”. Tentava comer devagar e pouco porque tinha medo de sufocar. Também dormia com uma garrafa de água junto ao corpo. Era para beber quando se sentia mais ansioso. Não sei bem porquê. Foi possível falar com ele todos os dias pelo telemóvel. Mas não se percebia muito bem o que dizia por causa do estado frágil e da máscara de oxigénio. Liguei regularmente para os médicos e enfermeiros que o assistiam. Espantei-me com a facilidade em obter ligação e também, sobretudo, com a capacidade que aquelas pessoas tinham de ser atenciosas e esclarecedoras. Não é comum. No entanto, talvez seja se estamos num contexto destes. Mesmo assim, não cheguei a perceber plenamente a gravidade da situação dele. Só sei que um dia desatei a chorar desesperadamente. O meu irmão sentiu na pele que, pelo menos na área da doença COVID-19, o SNS está a funcionar.

 

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