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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

UMA VERDADE TRANSVERSAL SOCIAL


Tita

14.07.22

 

Os olhos mais lindos do mundo - Home | Facebook

 

Apercebo-me de que gosto verdadeiramente de elogiar. Sempre que posso, faço-o. É que, em qualquer altura, uma pessoa é, mostra, demonstra ou faz coisas que nos fazem bem. Temos a obrigação de retribuir. Toda a gente precisa de um elogio. E isto não tem nada a ver com a (falta de) autoestima. Mas com a vida. É duro viver. Mesmo que sejamos pessoas felizes. Esta é uma verdade transversal social.

Por vezes, por exemplo, digo a alguém, mesmo que não conheça a pessoa, que tem uns olhos muito bonitos. Sem mentir e só por que sim. Sem interesse diferente que não seja o de observar o alívio naquele olhar que, em breves instantes anteriores, me surpreendeu como uma dádiva.

As pessoas andam cansadas. O que é terrível. O cansaço faz-nos desacreditar sobre o que quer que seja que fazemos. É bom quando alguém nos recorda que temos uns olhos bonitos. Sem pretender mais nada para além de os ver. Assim torna-se mais fácil voltarmos a nós, ao que somos. Elogiar alguém é quase como fazer um apelo ao seu espírito. E isto tem mesmo de ser feito. Porque é muito mais difícil viver quando, de alguma forma, vivemos distanciados de nós mesmos.

Gostava de ser professora. Embora não de crianças. Porque correm mais do que ouvem. E, se forem mesmo pequenas, não lhes podemos dar notas. Gostaria de ser professora se tivesse em mim qualidades, saber e sabedoria para ajudar gente a crescer, a evoluir, a ver-se melhor, a saber fazer pelos outros. Se fosse professora, sei que haveria de sentir-me muito cansada de cada vez que os referidos objetivos não fossem atingidos. Portanto, mesmo que fosse qualificada nos aludidos termos, talvez não tivesse alma para tanto.

 

SINTOMAS DE AFETO


Tita

17.07.18

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Uma pessoa está em pausa. Aqui no trabalho. Acabei de fazer o que tinha de ser feito. Está bem feito. Ainda agora, por causa disso, me disseram: “Tu és muito boa”. E eu: “A sério? Obrigada!”. Já sabia que era a sério. E também já sabia que sou “boa” nas coisas que faço profissionalmente. Mas não aguentei a pressão psicológica do reconhecimento e consequente elogio. Verguei e mudei rapidamente de assunto.

 

Pode ser que confunda as coisas. Os elogios com afeto. Tenho a impressão que sou uma pessoa que precisa muito de afeto. E, também, que vê afeto em tudo. Assim, por exemplo, ser simpaticamente servida por um(a) empregado(a) de um café é um bom sinal. Parece-me, assim, que a simpatia é sinal de afeto. Concluo, então, que não é impossível e será, até, muito recomendável sentir afeto pelas pessoas em geral. Isto para quem sente, claro. Eu sinto naturalmente em doses diferentes, consoante as pessoas e os contextos relativos onde elas se inserem.

 

Bem, mas voltando ao elogio e o afeto, afinal não há qualquer confusão: é capaz de ser verdade que uma coisa também tem a ver com outra. Com efeito, quando não gostamos das pessoas, e ainda que elas mereçam, temos alguma dificuldade em elogiar. Especialmente se for de forma pessoal e direta. O mesmo é dizer que normalmente elogiamos as pessoas de quem gostamos. E são estas manifestações de afeto que me atrapalham porque sou bastante tímida.

 

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