FOBIAS
Cat2007
30.08.16
Tenho estado, durante os últimos dias, a ponderar nas razões pelas quais uma pessoa pode começar a ficar fóbica. E conclui aquilo que toda a gente sabe. As fobias aparecem quendo não se consegue resolver questões, dores, problemas graves e se “põe para trás das costas”, esquecendo. Eu tenho medo de, por exemplo, ficar fechada num elevador. Mas há quem tenha fobia de baratas. Uma vez tive uma discussão com uma pessoa do medo das baratas. E cada uma de nós teimava que o seu medo era muito pior do que o da outra. Na verdade o que cada um quer é agarrar-se a ele. Ao medo. Concluo. Pois, como disse, tudo o que o motivou é sempre bastante pior. Ainda assim, continuo a considerar que é pior ter medo de elevadores do que de baratas. Porque nem sempre nos aparecem baratas à frente. Enquanto que elevadores é todos os dias. Claro que digo isto porque, fundamentalmente, não percebo porque razão há-de uma pessoa ter medo de baratas. Nem a minha prima Ana percebe porque razão há-de uma pessoa ter medo de elevadores. Certa vez, ela ficou fechada duas horas no elevador do Palácio da Justiça, tendo aproveitado para, calmamente, despachar uns processos que trazia consigo. Evidentemente, eu teria um ataque de pânico. Mas também já pensei que, sendo efetivamente certo que teria um ataque de pânico, sempre é verdade que estes ataques não duram mais do que uns minutos. Talvez depois ficasse calma. O problema é que, como referi, ninguém fica calmo com a possibilidade de abandonar uma fobia de estimação. Porque o outro sofrimento é certamente bastante pior, como disse também. Portanto, tudo é bastante simples. Basta identificar o problema e cortar a sua raiz. Como se isto fosse simples.