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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

RESISTÊNCIA


Tita

15.06.18

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Estava a pensar que é capaz de ser verdade que, à medida que vamos adquirindo alguma maturidade, nos vamos tornando mais fortes. Mas, por acaso, ia a dizer indiferentes. Então, estou na dúvida.  De resto, não sei se uma coisa e outra são verdadeiras.

 

À medida que a vida anda e as experiências se acumulam, o desconhecido é cada vez menos desconhecido. Disse que nos tornamos mais fortes. Sucede que, em relação ao desconhecido, o que é costume sentir-se é a desconfiança e o medo. Porém, o antónimo de forte é fraco. E não medroso. Perante o medo, se se trata de o enfrentar, o que temos é coragem. E a coragem nada tem a ver com a maturidade.

 

Mas a resistência sim. Uma pessoa vivenciada é mais resistente. É como os miligramas de cicuta ingeridas diariamente para tornar o organismo imune. A dor. Numa vida que vai andando, encontramo-nos com vários processos de dor. Miligramas de cicuta. Assim, havemos de ficar praticamente imunes relativamente a situações dolorosas análogas que sucedam no presente.

 

Portanto, não nos tornamos mais fortes. Apenas mais resistentes, repito. O que não exclui a dor. E se há dor, a indiferença também está excluída.

 

MATURIDADE


Tita

14.12.16

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Porque hoje me contaram sobre atitudes incrivelmente infantis de pessoas adultas, fiquei a pensar no que será a maturidade. Embora entre a infantilidade e a maturidade exista um estágio intermédio, que normalmente ocorre na adolescência (a qual, ao contrário do que se possa pensar, vai para ai até aos vinte e cinco anos), e é um hibrido. Um hibrido de infantilidade (que inclui coisas boas como a pureza de sentimentos), estupidez e imensa vontade de viver.

 

Bem sabendo que as crianças são capazes do melhor e do pior no seu melhor e no seu pior, sempre me intrigou o facto de ver os adultos que se infantilizam nas suas atuações a cair invariavelmente no espetro da maldade infantil.

 

Mas sobre a maturidade, a maturidade tem a ver com a calma, creio. Embora existam pessoas maduras que podem ser bastante exaltadas. Mas isto é do sistema nervoso. Quando falo de calma, quero dizer que existe um entendimento de que há tempo para as coisas e para cada coisa. O que não deixa de parecer contraditório porque a maturidade está inelutavelmente ligada à idade, sendo certo que, deste modo, o maduro tem menos tempo para esperar que o imaturo. Mas não é contraditório. Na verdade, maturidade também é saber relativizar o tempo. E saber aproveitá-lo melhor, já agora.

 

A calma de que falei adquire-se com a experiência. Um amigo meu dizia que era um “macaco com calos no rabo”. Compreende-se assim que se fartou de levar pontapés no dito. Portanto, a experiência resume-se à vivência de um conjunto de acontecimentos que todos juntos são representativos de um enorme enxerto de pancada. Claro que estou a referir-me à experiencia enquanto conhecimento da forma de atuar própria em relação ao desconhecido que pode, em perspetiva, ser mau ou trazer chatices ou meros incómodos.

 

Com certeza que também existem as boas experiências. Aquelas que não fazem mal ao rabo mas alimentam positivamente o espírito. E o lado bom do espírito das pessoas maduras, se for grande, torna-se parecido com os bons e puros sentimentos das crianças.

 

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