Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

PASSOS NO CONVENTO. FELIZ NATAL FACULDADE DE BELAS-ARTES DE LISBOA, PORTUGAL


Tita

24.12.23

37985_124751767571366_6591897_n.jpg

 

A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, é vulgarmente chamada por  FBAUL e está sediada no Convento de S. Francisco, ali no Largo da Academia Nacional de Belas Artes, ao Chiado.

 

Intrincado e misterioso, como uma mulher divinamente sedutora, o maravilhoso Convento não se deixa conhecer. Apenas cede a oportunidade de admirar os seus grandes corredores e  pátios, salas de aula, oficinas, laboratórios, auditórios, a cisterna e, também, o telhado.

 

Para tudo o mais, que existe, e parece ter sido inventado pela cabeça de Dickens, há que ter uma paciência motivada e dispor de aturado tempo.

 

São cantos e recantos, pequenos corredores e vãos de escada extraordinários e intermináveis, onde facilmente uma pessoa se perde, como se deixa perder numa paixão.

 

Trabalhar no Convento é muito bom. Renova-nos. Uma pessoa anda pelos corredores e sente um certo aconchego e chega a sonhar de olhos arregalados.

 

Espantei-me com o que vi, por exemplo, do Acervo de Pintura da FBAUL.

 

E com as esculturas que foram postas na minha sala.

 

Mil vezes me fascinei com a maravilha de projetos e atividades que ali se fazem.

 

Acho as aulas, e sobretudo as provas de pintura, por exemplo, o um exemplo feliz de felicidade excêntrica.

 

Parece incrível o talento dos profissionais das oficinas e laboratórios.

 

Os alunos são incomuns porque não têm aquela energia jovial acéfala e abrutalhada que é comum a imensos  estudantes do ensino superior.

 

Com exceção, talvez, dos alunos de Direito, por razões que não são aqui tema, coitados.

 

Não sei como se comportam nas aulas. Mas cá fora, os nossos alunos são, comparativamente, bastante mais educados que os demais do ensino superior. Porque são jovens que se comportam e falam num tom normal.

 

E, já agora, em minha opinião, têm imensa pinta dentro do seu estilo.

 

Achei sempre graça ao facto de se poder ir ao pátio cheio deles sentados e observá-los a falar uns com os outros sem nunca estarem aos gritos ou vê-los amiude muito concentrados a estragar, sem qualquer noção disso, o material da esplanada.

 

No entanto, a espalhar automaticamente sobre aqueles objetos a arte que lhes vem de dentro. E a arte é tão para a vida!

 

Foi emocionante de cada vez que pude sentir o talento, o amor intenso e a dedicação de tantos professores ao seu trabalho.

 

E, no entanto, foi duro olhar para eles e perceber que acusam um certo cansaço.

 

Falo apenas com o meu testemunho.

 

Apaixonei-me pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, Portugal. Por aquilo que é a sua verdadeira essência. Talvez até possa ser amor. 

Até sempre.

Feliz Natal FBAUL!

 

GRATIDÃO


Tita

26.12.21

Depois do Natal - João Donato (letra da música) - Cifra Club

 

Hoje é dia 26. De dezembro. O que significa que passou o Natal. Toda a gente recebeu e enviou as suas mensagens de Boas Festas. Através do telemóvel, do Facebook e/ou de outras redes sociais (RS). Por isso, malgrado não ter deixado nenhuma mensagem festiva nas RS, dei cumprimento pelo telemóvel.

Propositadamente, não vim aqui escrever nada sobre a quadra. Porque considerei que poderia ser excessivo partilhar um bonito conto de Natal, um poema cheio de profundidade, citar com propósito um grande autor ou, mesmo, o Papa. Excessivo porque há muito quem o tenha feito. E pode ser que estejamos já todos fartos.

Mas não sou daquelas pessoas que não gosta do Natal por causa do consumismo ou porque entende que a festa só faz sentido para as crianças, entre outros motivos.

Ao contrário, eu gosto do Natal porque gosto das minhas pessoas e posso passar mais um bocado de qualidade com elas. Afeto, alegria e tranquilidade. É o que espero do Natal e é o que o Natal me te proporcionado. De maneira que me sinto grata.

 

SAUDADE: O SIGNIFICADO DE CERTOS LUGARES VAZIOS


Tita

22.12.20

 

Decoração de bolo de casamento feita em para de duas cadeiras de balanço Foto gratuita

 

Uma festa de família, como é o Natal, requer que, pelo menos, os pais e os filhos estejam presentes nas celebrações. Os meus pais já não estão por cá. Por isso há dois lugares importantes na mesa que ficam vazios. Uma vez que, por definição, passaram a inocupáveis. Uma pessoa, se resolve ficar, nem que seja por breves instantes, a pensar em vazios deste género, verifica imediatamente que tem qualquer coisa a menos a animar-lhe a alma. Deve ser a isto que se chama saudade.

Em pequena era uma surda odiadora de bonecas. Coisa por demais conhecida de todos. Ora, a minha mãe comprou, como presente de Natal, uma linda boneca quase da minha altura. Um tanto surpreendida, apanhei-me a pensar que àquela eu não ia arrancar a cabeça e os membros ou destruir-lhe as roupas. Sucede que, malgrado as minhas expetativas, a minha mãe foi entregar o brinquedo a uma amiga dela. Era para a filha. E eu assisti a tudo. Uma frustração! De tal maneira, que nem me lembro dos presentes que efetivamente recebi. Nunca tinha visto uma boneca tão grande. Fiquei a pensar nela ainda durante uns dias. E também nas razões que levaram a minha mãe a presentear de tal forma especial aquela miúda tão pouco entusiasmante. Nunca cheguei a saber. Por orgulho, não perguntei nada. E também nada me foi explicado. Claro que a minha mãe achou que não era um presente adequado para mim. Uma menina demasiado dinâmica. Agora porque foi dar uma boneca tão grande, a uma miúda, em meu entender da altura, parva, é coisa que nunca saberei.

Se conto esta pequena estória, e porque é verdade que esta foi a única vez que a minha mãe não acertou em cheio nos meus desejos. E tanto assim é que, já em adulta, recebi (embora não no Natal) um galo de Barcelos porta-guardanapos. Fiquei enternecida. Precisava mesmo de um porta-guardanapos. E o galo nada tinha a ver com as coisas que tinha na cozinha para decorar, pelo que ficava ali muito bem. Destacava-se como se fosse uma peça de arte extraordinária.

Com o meu pai o acento tónico colocava-se na ceia de Natal na parte não doce. Tinha de ser bacalhau. E feito do modo tradicional. Na altura não percebia bem isto. É que andávamos o ano inteiro a comer ceias de Natal. Com efeito, o meu pai comprava regularmente bacalhau ali na Rua do Arsenal. E era tanto, que enchia meia despensa. O prato favorito do meu pai, pois. Bacalhau cozido. Claro que, deste modo, as coisas para nós não eram tão divertidas. Nem para a minha mãe, que detestava a rotina. Era, aliás, também por causa desta rigidez dele que ambos se punham a discutir em alguns natais. Na verdade, para o meu pai o Natal não era uma festa. Tratava-se antes de uma celebração de cariz religioso. E porque não celebrar com o seu prato favorito? O bacalhau era o único prazer material que tinha nestas ocasiões. No mais, o mais importante era o que era mais importante na sua vida: estar com a sua mulher e os seus filhos. A família. Foi com o meu pai que eu aprendi a respeitar o Natal.  

 

O NATAL DOS MIÚDOS


Tita

17.12.20

Plantão cadastra crianças para recebimento de brinquedo na Festa de Natal |  Prefeitura Municipal da Estância Turística de Avaré SP

 

E porque é que o Natal é importante? Para mim é. E podia ser importante ao contrário ou em sentido negativo. É que, quando era pequena, houve natais em que, apesar de ser Natal, nem por isso os meus pais abrandaram as discussões, estragando o Natal de todos nós, os miúdos. No entanto, mesmo nos natais estragados, havia sempre alguma coisa. Era um momento do tempo assente no calendário em que nós, os miúdos, nos sentíamos mais ao pé uns dos outros. Era como se uma invisible hand nos impulsionasse a uma proximidade ainda mais próxima. Como se estivéssemos em círculo a olhar atentamente dentro dos olhos uns dos outros. E, se o Natal estava estragado, só o estava a festa. É por isso que eu tenho sempre que passar o Natal com os miúdos.

 

(NEM) TODOS MAIS FELIZES NO NATAL


Tita

27.12.18

Resultado de imagem para natal em nova york

 

No Natal é suposto estarmos com a família e demais pessoas que amamos e ainda outras que também amamos que apareçam. Comemos bem e trocamos presentes maioritariamente comprados nos malls atulhados de gente. As casas, as ruas e as lojas estão mais bonitas. Nós também andamos mais bem vestidos. São estes os principais motivos que nos fazem ficar mais felizes no Natal.

 

Digo isto e percebo claramente porque há quem não goste do Natal.  

 

 

O NATAL JÁ PASSOU


Tita

27.12.17

Resultado de imagem para treno pai natal

 

O Natal já passou mas continua tudo imbuído do respetivo espírito. Creio que é das férias ou, para quem não está de férias, pelo pouco trabalho que se vai fazendo. Acredito também que as pessoas estão na ressaca do contentamento por terem recebido alguns presentes e pelo facto de algumas se terem encontrado com pessoas de quem gostam e não costumam ver sempre. Depois, ainda vem ai a passagem de ano, pelo que a festa continua. Assim, anda tudo sorridente. Pelo menos é o que eu vejo nos ambientes que me envolvem.

 

 

O que eu quero dizer, no fundo, é que o espírito de Natal tem muitíssimo a ver com o que se recebe. Já em miúdos era assim. Eu cá gostava do Natal porque comia doces e tinha prendas. Eu e todas as crianças que conhecia. As questões do menino Jesus tinham tudo a ver com as figurinhas do presépio. Com a decoração, portanto.

 

NO NATAL


Tita

18.12.17

Resultado de imagem para natal

 

Hoje vou almoçar com um grupo de pessoas de quem gosto muito, sob o pretexto de ser Natal. Considero isto um privilégio. Segundo ouço contar, a maior parte das pessoas que trabalha tem a maior parte dos almoços de grupo infetada por pessoas que estão ali porque convém. E a maior parte das pessoas que tem almoços de grupo não pode faltar aos mesmos porque não fica bem. Isso já me aconteceu. Porém, poucas vezes. Nestas coisas, não cedo nem concedo muito. Sempre que posso fugir fujo mesmo. Por estas alturas, no Natal, portanto, é muito comum termos que estar com quem não queremos. Quando devia ser precisamente ao contrário, uma vez que estamos numa época de estar em Paz.

PARA MIM O NATAL É...


Tita

21.12.12

Estava a começar a escrever um post sobre o significado do Natal. Escrevi algumas coisinhas. Depois apaguei tudo. Percebi que estava num processo de “autoseca”.  O que significa o Natal para as crianças. O que significa o Natal para os adultos. O que significa o Natal para a classe média. O que significa o Natal para os pobres. O que significa o Natal para os ricos. O que significa o Natal para os apaziguados. O que significa o Natal para os angustiados. O que significa isto? Uma seca. O Natal significa o mesmo para todas as pessoas. Presentes, boa comida e família. Por esta ordem. Não interessa o que cada um vivencía no Natal. Estou a falar do significado. Ponto.

 

Portanto, o Natal interessa a toda a gente. E quem diz que não. Mente. Mesmo que seja sem querer. Ora, eu, como interessada no Natal tal qual toda a gente, não quero falar disso. Só se fosse para escrever um conto de Natal. Aposto que era capaz. Falaria de uma lagarta dentro de uma maçã dentro de uma cozinha. 

 

Estoua preparar-me para começar a ler o “Pulp” do Buckowski. Lembra o Natal porque tem uma capa encarnada com uma pistola preta. Faz lembrar uma daquelas das crianças que queriam ser cowboys. Nunca vejo as armas como armas a sério. E acho que isto não é exatamente um problema.

 

stats

What I Am

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub