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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

O TEMPO QUE DURA O AMOR


Tita

21.05.21

Entenda as diferenças entre amor e paixão - Diferença

Estou convencida de que a paixão e o amor consubstanciam a mesma realidade afetiva. Assim existe apenas o amor. Já amei mais em três meses de infinitude do que em muito respeitáveis seis anos de vida em comum.

Por outro lado, não estou convencida que o tempo mantenha o amor. Mas, antes pelo contrário, creio que é o amor que determina o tempo. O tempo das relações. O quanto duram – isto sem embargo de muitas relações ficarem muito tempo para além do tempo em que amor que já se diluiu.

Quero partilhar o “Soneto da Fidelidade” de Vinícius de Moraes através das palavras de Alexandre O’ Neill: “Aquela coisa do amor a ser eterno enquanto durar só mesmo dum malandro de génio, que era o que era o Vinícius. Dava a impressão que ele fazia poesia para engatar, para ser imediatamente útil, o que é uma excelente maneira de fazer poesias. Os especialistas não gostam, dizem que se sacrifica muito ao anedótico, mas haverá coisa mais excitante do que conseguir engatar uma mulher com um soneto? Só mesmo os dois fingirem que foi por causa do soneto...

Eis o soneto:

“De tudo, ao meu amor serei atento antes
E com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure”.

 

O MODELO


Tita

08.11.18

 

 

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Como, naturalmente, não vi problemas em casa dos outros, é claro que, em pequena, pensava que todas as relações dos pais dos meus amigos e conhecidos eram perfeitas. Só a dos meus pais é que não era. E, portanto, jurei a mim mesma que quando fosse grande tudo haveria de ser diferente. Haveria de ser muito feliz.

 

Evidentemente, não sabia o que agora, até por experiência, já sei. Que as discussões dos pais, causadoras de grandes transtornos aos filhos, chateiam pouco os primeiros. Pois embora sejam desgastantes, têm um impacto muito relativo na estrita vida do casal. Sobretudo se as pessoas se amam profundamente, como era o caso dos meus pais.

 

É assim que, pelas razões aduzidas e mais algumas, na vida adulta, no âmbito das nossas relações, reproduzimos o modelo. O modelo de comportamento dos nossos pais. Deste modo, quando estamos a chatear o parceiro, não somos nós a falar ou a fazer, pelo que a culpa não é completamente nossa. Pelo menos, até ganharmos consciência da situação. O que, para todos os devidos efeitos, acaba de me suceder.

 

UM DIA HAVEMOS DE CASAR


Tita

16.07.18

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A necessidade de ter a pessoa é algo que se manifesta cedo em nós. Por isso é verdade que, desde pequenos, andamos crentes de que um dia haveremos de casar. Há pessoas, porém, que chegaram a uma dada altura da vida e ainda não têm a sua pessoa. Acredito que haverá uma certa inabilidade para meter profundidade nas relações. Porque não têm profundidade para meter em nada. E depois apresentam-se à sociedade (e à saciedade) carentes de uma forma quase histérica que naturalmente irrita toda a gente.

UM TRIO DE MULHERES


Tita

27.07.17

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Hoje ao almoço falávamos de um trio de mulheres que resolveu ter uma relação amorosa. Não sei se isto é um assunto com interesse para mim. Portanto, ignoro se vou refletir muito sobre o caso, aprofundando-o. Mas, enfim, enquanto decido e não decido, sempre vou adiantando que a coisa se deu efetivamente e durou dois anos (mais do que muitas relações que eu conheço por aí).

 

A mentora do projeto (sim porque naturalmente havia uma líder) muitas vezes discutiu comigo sobre a bondade do mesmo. Dizia-me convictamente (quase com histeria) que “isto é o futuro!”. Pois não sei. A questão é que ela colocava a questão num ponto em que eu não a situo. O preconceito. O que ela, no fundo, queria dizer é que no futuro talvez as pessoas encarassem estas coisas com normalidade e, assim, era possível ser feliz com tal estilo de vida. Sempre estive certa de que ela nem sequer ponderava seriamente no que era necessário existir para manter uma realidade daquelas à tona. Estava demasiado focada em lutar contra o preconceito, pois.

 

Esclarecendo devo dizer que, pelo meu lado, nada tenho a opor às relações amorosas coletivas no presente. Portanto, para mim não existe a necessidade de esperar pelo futuro para ver que, na verdade, a coisa dificilmente pode resultar. Por causa da natureza humana, bem entendido.

 

Não obstante, adorava ir lá a casa jantar. Tudo muito civilizado e extremamente bem organizado. Uma pessoa sentia-se confortável ali. Havia também oito gatos persas a passear placidamente pela casa. O que compunha maravilhosamente o ambiente.

 

E pronto. Não me apetece dizer mais nada sobre este assunto. Dou por mim a ser superficial, bem sei. Mas análises mais profundas dão trabalho e eu, nestes dias, venho sentindo um pouco de sol a mais na cabeça.

 

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