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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CONSTRUÇÃO


Tita

04.01.19

 

 

Há uma composição do Chico Buarque que fala sobre uma tragédia que aconteceu no meio da rotina diária e em função dela. Chama-se “Construção”. É um bocadinho deprimente. A letra e a própria música. Fala de todas as coisas que uma pessoa faz todos os dias. Hoje. Ontem. No ano passado. Amar. Dormir. Comer. Trabalhar.

 

Fazemos todas estas coisas de acordo com um certo ritmo, conforme uma determinada sequência e incluindo específicos rituais de distensão, como ver televisão e/ou ouvir música.

 

Hoje. Ontem. No ano passado. Preenchemos os nossos dias com passos sobejamente conhecidos. Como se lhes pudéssemos ocupar o espaço todo. E assim pensamo-nos sem estar a salvo de qualquer imprevisto desagradável.

 

As notícias das piores coisas que me aconteceram na vida chegaram a mim em dias normais.

 

DAY IN DAY OUT


Tita

02.07.18

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O que eu queria era, como disse recentemente uma amiga, “saltar fora do comboio”. Porque é um tipo de comboio de carrocel que anda sempre em volta a dar a mesma volta: todos os dias nos levantamos de manhã cedo para gastar uma hora ou mais nos preparativos. Depois é entrar no carro e seguir. Uma vez chegados, vamos para a cadeira da secretária do gabinete que nos foi destinado. Entretanto, vão chegando as pessoas que se agitam, dizendo coisas sempre iguais.

 

Agora tomo uma bebida de frutas e legumes todas as manhãs. Com isto sinto-me com mais e melhor energia para o dia todo. Também estou a fazer coisas no ginásio para o físico e para a mente, além de que voltei a jogar ténis. Face a isto, poderia dizer-se que estou a tratar de mim porque me amo e quero atingir a plenitude do corpo e da mente e sei lá mais o quê. Mas não. É tudo por causa do comboio.

 

SÓ PARA QUE FIQUE REGISTADO


Tita

18.02.16

 
 
 
 

As coisas que aqui escrevo ultimamente resumem-se à descrição de pequenos factos da minha vidinha do dia-a-dia. O que, de um certo ponto de vista, pode ser um bocadinho deprimente. Ou não. Pode, de outro ponto de vista, ser curioso e, até quem sabe, engraçado.

 

Na verdade, nem sei para que estou a referir estas coisas. Dado que estamos em face de uma evidência. Creio que, no entanto, de momento, posso dar-me por satisfeita com isto. Com esta forma recente de estar no blog.

 

O pior é quando não acontece nada. Uma pessoa vai falar de quê? Também se pode perguntar, claro, para que é que uma pessoa tem de falar de alguma coisa. Para sair da rotina, ora. Uma pessoa vem para aqui escrever coisas e quebra a rotina. Senão o dia, na parte em que é passado no trabalho, é igualzinho a outro dia qualquer dos dias de semana. No fundo, trata-se de mudar de assunto. Já que o meu trabalho também é escrever. Só que os temas são obscuros e sempre da mesma índole.

 

Bem, mas vamos lá ver se aconteceu alguma coisa pequenina digna de um registozinho. Para a encontrar tenho que pensar. Isto significa que não me deparei hoje com uma cigana a querer vender-me carteiras e a dizer que me acompanhava ao multibanco para levantar o dinheiro para lhe pagar, por exemplo.

 

Podia também ter encontrado uma testemunha de Jeová com quem estivesse a debater ideias. Uma vez encontrei uma. Tratava-se de uma senhora bastante simpática que, por simpatia, esteve a ouvir-me debitar sobre Deus e o Culto. Na verdade, eu só lhe disse que acreditava em Deus mas abominava o Culto. Apenas demorei imenso tempo a explicar porquê. No fim, a boa senhora já me pareceu um tanto descrente quanto à necessidade de se ter uma identidade de religião. Ou então estava cansada.

 

Mas não. Hoje não aconteceu nada que tenha quebrado os meus rotineiros passos.

 

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