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CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

CAFÉ EXPRESSO

"A minha frase favorita é a minha quando me sai bem"

A SENHORA BAIXINHA


Tita

06.04.20

 

 

 

 

Minnie Mouse , Minnie Mouse Mickey Mouse Computer mouse , minnie ...

 

Veio à minha cabeça a ideia sobre uma senhora que se aposentou há muito pouco tempo. Pouco antes do vírus surgir. Já não sei se foi ela que disse ou eu imaginei, mas fiquei crente de que a senhora pretendia fazer uma série de coisas, aproveitando o tempo que passaria a ter disponível.  Não sei… fiquei com a ideia de que não iria querer estar muito por casa. Talvez ela não tenha dito nada. Talvez eu tenha achado o que achei por saber do seu temperamento alegre e extrovertido a que acresce uma grande facilidade de relacionamento e de comunicação. Esta senhora é muito baixa de altura. E eu tenho o hábito de pensar que as pessoas de estatura baixa ou muito baixa são mais alegres e comunicativas do que as demais. Porque, certo ou errado, foi isto que eu fui observando ao longo da vida. Agora não sei o que fará esta senhora e também aquelas pessoas que eu conheço que são baixas e alegres. A ideia que tenho, correta ou incorreta, é que estas pessoas não param um segundo. Talvez agora seja infernal estar com elas dentro de casa neste período de confinamento obrigatório. Não sei… a verdade e que é difícil para todos. Por mim, não é que goste muito de conviver, para além de adorar estar com quem gosto muito, mas agrada-me mudar de cenário. Além de que, não convivendo diretamente, tenho uma certa predileção por estar sentada numa esplanada cheia com bom tempo e vista de mar ou de um monumento bonito. Igualmente, sinto falta do cheiro do oxigénio de certos lugares para onde costumo ir. Podia fazer isto aos fins-de-semana e feriados e depois, mais tarde, ir normalmente de férias. Continuo a pensar no que poderá agora estar a sentir a senhora baixinha que se reformou mesmo antes do vírus chegar.

 

ESQUINAS


Tita

05.07.19

 

 

Hoje em dia, sou como estou. E é por isso que não encontro em cada esquina um amigo. Assim como não sou encontrada ali à esquina. Na verdade, não procuro. Nem sou procurada. Eu não gosto nem desgosto das pessoas. Em princípio, gosto de toda a gente. Mas, naturalmente, há pessoas de quem realmente gosto. São aquelas que consigo perceber quando olham, falam ou fazem gestos ou sorriem ou deixam de sorrir. Quando vivemos no mesmo mundo, falamos a mesma linguagem. E isto é tudo o que vale a pena. 

 

OS PALHAÇOS


Tita

05.07.19

 

Resultado de imagem para palhaços circo

 

Sobre os palhaços, tenho a dizer que nunca fiquei propriamente deprimida com as respetivas aparições e representações. Quando era pequena, não me ria com os textos, mas ficava muito entretida a ver as roupas e as pinturas. Em adulta, nada me prende, pelo que os ignoro.

 

SER SOCIÁVEL


Tita

16.11.16

Resultado de imagem para ser sociável mafaldinha

 

Estava à procura de uma impressão que tivesse sobre algo para escrever sobre isso. No momento, e não por acaso, ocorre-me que a minha mãe, entre outras características pessoais, tinha o mau vício (na minha forma de sentir) de levantar o tom de voz quando entrava em qualquer sítio tipo uma pastelaria ou uma outra loja qualquer. Queria com isso entabular conversa com alguém que lá estivesse dentro. Falava alto para ver se alguma pessoa apanhava a deixa. Por outro lado, certa vez foi sozinha de autocarro para Braga. Quando voltou trazia na carteira um monte de cartões-de-visita. Estes exemplos podem ilustrar o comportamento normal de uma pessoa sociável.

 

Vem a propósito concretizar que as pessoas sociáveis não estão naturalmente a entregar os seus afetos mais profundos aos outros. O que as pessoas sociáveis fazem é apanhar alguém pelo lado bom, mostrando interesse pelo próximo. O que é importante e louvável.

 

Quando era miúda não sabia o que era ser uma pessoa sociável. Por isso gostava sinceramente de toda a gente. Porque, para mim, toda a gente era impecável. Nesta conformidade, dava-me bem com qualquer pessoa que tivesse acabado de conhecer há um minuto. Depois, naturalmente, desiludia-me. E, evidentemente, a culpa não era das pessoas mas minha. Eu é que construía personagens. A minha primeira desilusão foi logo no 6.º ano com uma colega de turma que, afinal, era interesseira. Tive que me zangar com ela. O que me fez sofrer. Já que tinha desenvolvido um sentimento de amizade importante.

 

Com o passar do tempo, e com o natural acumular de desilusões, fui perdendo o vício de não saber ser sociável, passando, em substituição, a não gostar das pessoas por princípio. É uma chatice, isto de pervagar de um extremo ao outro. Mas acontece. Basta ser magoado a sério algumas vezes. Nestes termos, não consegui interiorizar a ideia de ser sociável. Portanto, continuo a apaixonar-me pelas pessoas. Sucede porém é que demoro o meu tempo.

 

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